O futebol de elite cada vez mais se assemelha à NBA, se olharmos para o calendário. A carga excessiva de jogos entre competições de clubes e paragens de seleções afeta o físico dos jogadores. E os casos mais mediáticos ressoam com os joelhos do Real Madrid e os músculos do Barcelona.
Os acontecimentos recentes comprovam-no. Dani Carvajal (33) e Pedri González (22), as últimas vítimas dos merengues e azulgranas. A enésima recaída do capitão do Real Madrid resultou na presença de um corpo livre articular no joelho direito após superar as primeiras provas pertinentes.
Quanto ao médio do Barcelona, o boletim médico confirmou uma rotura no bíceps femoral distal da perna esquerda. Duas baixas com as quais Luis de la Fuente não poderá contar para os compromissos de Espanha frente à Geórgia e à Turquia a caminho do Mundial 2026.
Ritmo de três jogos por semana
Os dois grandes do futebol espanhol estão continuamente expostos ao ritmo de três jogos por semana. Os sobre-esforços físicos, somados à forte gestão emocional que acompanha o desporto de elite, conduzem à fadiga corporal que resulta numa exposição constante a possíveis lesões.
O caso mais mediático neste aspeto é o de Éder Militão. O defesa-central brasileiro confessou que chegou a ponderar a retirada após sofrer roturas do ligamento cruzado anterior em ambos os joelhos. Esse calvário é o que agora ameaça o final desportivo de Dani Carvajal.
No Barcelona, Dani Olmo e Robert Lewandowski parecem ver a luz após deixarem a enfermaria. Agora é Pedri González quem se deita na maca devido à exigência do calendário no futebol profissional. Como se só interessasse preencher as folhas mensais com jogos.
 
    