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LaLiga: Real Madrid paga pecados imperdoáveis perante o Athletic Bilbau (2-1)

Jogadores do Athletic celebram um golo em frente à desolação de Lucas Vázquez
Jogadores do Athletic celebram um golo em frente à desolação de Lucas VázquezANDER GILLENEA / AFP

O Real Madrid voltou a falhar quando menos se esperava. Superado em tudo pelo Athletic, foi capaz de recuperar do golo de Berenguer com o empate de Bellingham, depois de Mbappé ter desperdiçado uma grande penalidade. Mas Guruzeta, depois de um erro grosseiro de Fede Valverde, estava pronto para abanar San Mames com o golo da vitória.

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San Mamés é um templo do futebol moderno. Uma ideia colectiva em que a intensidade na pressão no meio-campo adversário e a velocidade no ataque são inegociáveis. A partir daí, o talento individual é explorado, seja na corrida com Iñaki Williams, no drible com Nico, no remate de longa distância com Sancet ou nas múltiplas opções oferecidas pelos jogadores escolhidos por Ernesto Valverde. E executam-nas na perfeição, mesmo quando têm o Real Madrid pela frente.

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É preciso vencer os Blancos sendo mais rápido, mais forte e indo mais longe. E mesmo assim, nada é garantido. Foi o que aconteceu ao Athletic na primeira parte. Em três minutos, Courtois já tinha feito a sua defesa milagrosa diária a um remate de Iñaki, depois de Asencio ter perdido a bola. À passagem da meia-hora, foi Berenguer, depois de um toque de calcanhar do mais velho Williams, que desperdiçou uma oportunidade imbatível. O Real estava dominado, sufocado, sem ideias para jogar, por mais que Ceballos pedisse a bola. O sevilhano só tinha Rodrygo, Mbappé e, por vezes, Bellingham à sua frente. E muitos rojiblancos com vontade de lhe roubar a bola.

A única coisa positiva que os brancos fizeram nessa primeira parte foi uma bicada que quase adormeceu os leões. Uma ação em que Mbappé acabou por marcar, mas em fora de jogo. O 0-0 aguentou-se até ao intervalo, mas isso não tardou a mudar. Oito minutos depois do recomeço, um cruzamento de Iñaki Williams foi aproveitado por Asencio e, apesar de Courtois ter feito uma primeira defesa, não foi capaz de parar Berenguer, que empurrou a bola para a baliza para fazer o 1-0.

Ancelotti não esperou mais e fez entrar Brahim. Pouco depois, uma jogada de fé de Rodrygo permitiu a Mbappé rematar sozinho... para o centro, onde estava Agirrezabala. Depois, o próprio guarda-redes teve tanto de vilão como de herói. Numa má saída, acertou na cabeça de Rüdiger. Foi um penálti claro. Mbappé decidiu cobrar e os gritos pelo guarda-redes ressoaram na Catedral quando defendeu o remate do francês.

O falhanço de Mbappé animou os seus companheiros de equipa e a ele próprio. O francês rematou forte do meio da rua, Agirrezabala afastou como pôde, mas Bellingham foi rápido no ressalto e empatou. Mais uma reviravolta?

 Outra virada? Bem, não. Fede Valverde não conseguiu lidar com a pressão de Guruzeta e o basco bateu Courtois no mano a mano para fazer o 2-1. Ancelotti ainda arriscou, talvez demasiado tarde, ao fazer entrar Güler e Endrick no minuto 90. Mas não houve fumo branco, apenas fumo vermelho e branco assim que o árbitro apitou o final de um jogo que o Athletic mereceu vencer, ocupando agora a zona da Liga dos Campeões