A equipa de Imanol Alguacil, que foi derrotada por 1-0 pelo Real Madrid na primeira mão das meias-finais da Taça do Rei, tem um desafio difícil: travar um Barcelona que chega à área do adversário com uma facilidade espantosa. É o que acontece desde o início de uma época de transição, após a saída de Xavi Hernández. Os números não enganam: é o melhor marcador do campeonato espanhol (57) e foi também o melhor marcador no final da fase regular da Liga dos Campeões (28).
A Real Sociedad, por outro lado, está a ter muitas dificuldades em marcar - como ficou evidente contra os Blancos - e só marcou 23 golos na competição nacional. No entanto, os Donostiarras podem orgulhar-se de ser a segunda equipa, juntamente com o Atlético de Madrid, com mais jogos sem sofrer golos nas cinco principais ligas. Este ranking é encabeçado pela Juventus, longe da liderança da Serie A e eliminada tanto na Europa como na Taça de Itália.

Os Culés sucumbiram na primeira mão (1-0) e estão conscientes de que têm pela frente um jogo difícil. O último precedente é negativo, sim, mas a história e as estatísticas jogam a favor da equipa catalã: 25 vitórias em 26 jogos do campeonato como anfitrião ao longo do século XXI e 37 jogos consecutivos a marcar pelo menos um golo, com um total de 87. Esta é também a terceira série mais longa da sua história na LaLiga (40 contra o Athletic, entre 1986 e 2024, e 45 contra o Celta, entre 1942 e 2014).
A Opta acrescenta outros dados interessantes: vale a pena notar que, apesar do que aconteceu há meses em Anoeta, o Barça é a equipa contra a qual Imanol tem o pior registo (10 derrotas em 13 encontros). Dito isto, a taxa de sucesso é de 50% se forem tidos em conta os quatro encontros mais recentes, com os Guipozcanos a vencerem por 2-1 fora de casa graças aos golos de Mikel Merino e Alexander Sorloth - atualmente a jogar no Arsenal e no Atlético, respetivamente.