Joan Laporta, sorridente e descontraído, deu o pontapé de saída com um discurso de mais de meia hora, no qual analisou a situação desportiva, social e de qualquer outra índole da entidade blaugrana. E, claro, como era de esperar, elogiou a sua própria gestão desde que assumiu a presidência.
"Trabalhámos muito para devolver o Barça ao lugar que merece. Há quatro anos confiaram em nós para recuperar o clube, impulsionar o Spotify Camp Nou e confirmar La Masia como eixo desportivo do clube. Estamos muito melhor do que há quatro anos e meio. Sentimo-nos mais reforçados do que nunca para devolver a estabilidade económica", comentou.
O sucesso desportivo do futebol
E depois foi centrando-se em vários aspetos, como o desportivo. "A época 24/25 foi histórica. "Ganhámos o triplete de Liga, Taça e Supertaça. E com que forma de jogar, com o nosso estilo genuíno. Quero dar todos os méritos ao Deco, ao Flick e à sua equipa técnica, a toda a equipa de preparadores e ao corpo médico. Com uma menção especial para Carles Miñarro, que nos deixou. Também aos artífices do nosso sucesso, os nossos jogadores. Há uma sintonia entre jovens e jogadores de longa trajetória que proporciona um elevado nível competitivo. Esta harmonia dirigida por Hansi Flick faz-nos ter uma equipa que demonstrou que pode cumprir todos os objetivos que se proponha. É uma equipa com presente e futuro".
Também, antes da participação de Olivé para explicar em detalhe os números do exercício anterior e o orçamento para o atual, Laporta defendeu que "tudo o que fizemos foi para que o Barça continue a ser propriedade dos sócios, para que não tivesse custo para os sócios. Os resultados ordinários do exercício deram dois milhões de euros de superavit. 944 milhões de euros de receitas têm muito valor, quando cumprimos a segunda época fora de casa, em Montjuïc".
E não podia esquecer a sua grande obra, a remodelação do Camp Nou. "É o sonho coletivo do barcelonismo e o legado para as futuras gerações. Tive a coragem de reativar um projeto que tinha ficado parado. Decidimos que era necessário para a viabilidade económica e fizemo-lo porque os sócios têm de ver este sonho tornado realidade e vivê-lo".
A gestão económica do Barça
Ferran Olivé, tesoureiro do clube, destacou a grande gestão que fizeram com o custo desportivo. "Quando entrámos, era de 98% do orçamento, na época 19/20 baixámos para 74% quando a UEFA permite um máximo de 70%. Esta época já estamos nos 54%".
Além disso, vangloriou-se da evolução que levaram a cabo na Direção presidida por Laporta para reduzir a dívida "de 560 milhões para estar agora em 469" e passar de um património líquido negativo de 455 milhões de euros para um também negativo, mas de 153. Se não tivéssemos feito o estádio, teríamos património líquido positivo", explicou, resumindo queo clube já não está doente, mas está a fazer vida normal. A mensagem é de otimismo absoluto. "O valor do nosso plantel é de 1.100 milhões, muito superior ao que temos no nosso balanço. Subimos de 893 milhões para 994 milhões de receitas".