"Não falo de jogadores, mas se uma oportunidade no mercado implicar o pagamento de uma cláusula, estamos preparados para a aproveitar". Esta é a frase do líder blaugrana que, desta vez, ao contrário do verão passado, está a ter muito cuidado para não mencionar o nome do grande alvo do seu clube no mercado de transferências.
O facto de o Barça ainda não estar no regime 1:1 - ou seja, só pode gastar o mesmo que recebe - e o enorme desagrado que o Athletic sente em relação ao Barcelona desde os tempos de Iñigo Martínez, devido à forma como os catalães têm agido (na perspetiva dos bascos, sempre pelas costas e sem dar a cara), levou os dirigentes do clube de Bilbao a alertar a LaLiga para as consequências de permitir uma contratação e inscrição desta natureza, vinda de um rival cuja saúde financeira não é boa e que, até ao momento, não cumpre com os regulamentos da própria organização.
Quase 80 milhões de euros no primeiro ano de contrato
"O que o Barça faz diz respeito ao Barça, e a LaLiga está ciente de que as contas dos clubes têm um grau importante de confidencialidade. E aqui, entendo que cada um, com base nas suas possibilidades, irá agir. Nós estamos a cumprir todos os requisitos que a LaLiga e o Fair Play financeiro exigem para podermos aproveitar oportunidades de mercado", insistiu Laporta.
No que diz respeito a Nico Williams, o clube catalão teria de pagar os 58 milhões de euros da cláusula de rescisão, acrescidos do valor correspondente ao atual IPC, o que faria a operação ultrapassar os 60 milhões, sem contar com o salário líquido do internacional espanhol, que seria de entre sete e oito milhões líquidos por cada um dos seis anos de contrato acordados. Ou seja, o Barcelona teria de pagar cerca de 15 milhões brutos por época em salários.
Em resumo, só no primeiro ano, o clube blaugrana teria de desembolsar quase 80 milhões de euros, somando o pagamento imediato da cláusula e o salário do jogador.