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Mastantuono no Real, Echeverri no City: a enorme diferença salarial entre as joias argentinas

Franco Mastantuono, em uma de suas últimas partidas pelo River Plate
Franco Mastantuono, em uma de suas últimas partidas pelo River PlateALEJANDRO PAGNI / AFP

A chegada de Franco Mastantuono ao Real Madrid marca um novo capítulo na exportação de jovens talentos do River Plate para a Europa. Com apenas 17 anos, o médio canhoto não só foi recebido de braços abertos na capital espanhola, como também assinou um contrato que o coloca entre as grandes apostas do clube merengue.

O salário anual e a cláusula de rescisão refletem a magnitude do investimento: números que contrastam fortemente com os de outro jovem talento do futebol argentino, Claudio "Diablito" Echeverri, atualmente no Manchester City.

Um contrato blindado e milionário

O Real Madrid decidiu assegurar Mastantuono por um longo período de tempo. O contrato vai até 2031 e inclui um salário de 3,68 milhões de euros por ano. Além disso, o clube fixou uma cláusula de rescisão recorde de 1.000 milhões de euros, uma estratégia habitual da instituição para proteger as suas joias diante do interesse de outros gigantes europeus.

Embora esta remuneração o coloque muito atrás de estrelas da equipa principal como Kylian Mbappé, é um valor superior ao de outros jovens do plantel, e está em linha com jogadores como o brasileiro Endrick (4,8 milhões anuais) e o turco Arda Güler.

O contraste com Claudio Echeverri

A comparação com Claudio Echeverri é inevitável. Ambos surgiram no River Plate, ambos são médios ofensivos e ambos chegaram a potências europeias no mesmo ano. No entanto, as condições contratuais são muito diferentes.

O "Diablito", que se juntou ao Manchester City no início de 2025, recebe atualmente cerca de 862.000 euros, segundo o site especializado Capology. Este valor coloca-o entre os salários mais baixos do plantel comandado por Pep Guardiola e reflete uma abordagem mais conservadora do clube inglês em relação a jovens contratações.

Echeverri ainda não conseguiu conquistar um lugar na rotação da equipa principal. A concorrência interna e a escassez de minutos abriram a possibilidade de um empréstimo, com Girona e Roma como opções concretas para continuar o seu desenvolvimento.

A apresentação de Mastantuono

A estreia de Mastantuono no Real Madrid está prevista para 14 de agosto, data em que completará 18 anos. O clube ainda não definiu qual o dorsal que o argentino usará: a camisola número 10, anteriormente de Luka Modric, foi atribuída a Mbappé, enquanto a número 9 (historicamente utilizada por Alfredo Di Stéfano) pode ficar com Endrick ou com o Bota de Ouro do Mundial, Gonzalo García. Entre as opções mais prováveis para o argentinoestão os dorsais 16 e 30.

River e a fábrica de talentos

Mastantuono e Echeverri são os mais recentes expoentes de uma cantera que continua a exportar qualidade para o Velho Continente. Ambos representam o sonho europeu de muitos jovens surgidos do futebol argentino, mas suas trajetórias mostram que nem todas as promessas recebem o mesmo tratamento ao desembarcarem nas grandes ligas. Enquanto o Real Madrid aposta forte na sua nova joia, o Manchester City optou por um caminho mais gradual com o Diablito.