A equipa do Sevilha lutou muito para conseguir a manutenção há algumas semanas e pretende fazê-lo confortavelmente na próxima época, sem excluir a possibilidade de regressar aos lugares que dão acesso à Europa. O primeiro objetivo é, naturalmente, melhorar o que foi feito até agora. E o argentino será o principal responsável por isso.
"Tenho uma ideia sobre a pressão. Estou constantemente a ver diferentes dificuldades que o mundo está a viver. Estas guerras que estão a começar. A palavra pressão é muito forte e eu não a traria para o futebol. Sim, há alturas em que os clubes têm de passar por momentos de dificuldade para voltarem a ser fortes. Olhar para trás e voltar a esses momentos que foram desfrutados. É o meu trabalho, é a minha paixão e vivo para isso", afirmou.
Almeida mostrou-se empático em relação às críticas ao seu recrutamento: "Sou uma pessoa que respeita as opiniões. Há liberdade de expressão e eu aceito isso. Não estou aqui para provar nada. Dedico muito tempo ao meu trabalho, adoro o que faço, tento fazê-lo honestamente e gosto de ganhar. Mas não vou vender nada nem inventar nada de estranho. Isto é o que eu sou e o que serei até ao último dia. Vivo o futebol de uma forma especial, compreendo as caraterísticas dos diferentes torneios".
"Acredito muito no trabalho e é por isso que a minha intenção não é convencer ninguém da boca para fora. Tenho de convencer os jogadores e, através do jogo e do trabalho diário, tenho de convencer os adeptos a apaixonarem-se pela paixão, a garra, o empenho e a história do clube. Será esse o nosso trabalho, mas sabendo que os protagonistas são os jogadores. Vou tentar dar-lhes as ferramentas", acrescentou o antigo técnico do AEK de Atenas.
"O objetivo é sempre ganhar"
"Eu jogo por amor, por um projeto, pelas pessoas.... Nos encontros com José María e Antonio gostei da forma como me falaram. Sou sentimental, abro-me com as pessoas e não ando por aí com uma dupla face, não gosto disso. Prefiro ser autêntico perante os erros e eles acabam por me conhecer. Sou fácil de identificar. Não ando com uma varinha mágica e não acredito nelas. Acredito no trabalho árduo e, quando se trabalha com tempo, paixão e honestidade, a longo prazo, tudo vence", continuou.
"Ao longo dos anos, aprendemos com os nossos erros, com os nossos treinadores, com os nossos colegas de equipa.... Registei as coisas boas e não as más. Para mim, ser treinador é como ser pai. Quando o meu pai era vivo, via nele coisas boas e outras que não queria repetir. Agora, as minhas filhas fazem o mesmo. Como treinador, é a mesma coisa. É difícil ser completo. Mas tento transmitir uma parte do que tinha como jogador, a vontade de ganhar".
"O objetivo é sempre ganhar, ganhar o máximo possível. Quero uma equipa onde todos corram e todos joguem. Quando essa mensagem passa, formamos uma equipa. Quem não o fizer, será ultrapassado por um colega de equipa. Temos de conseguir uma competição interna com unidade. Quem está na bancada vai apoiar e quem joga 10 minutos dá tudo porque pode determinar um jogo. Formar uma equipa para que todos se sintam identificados e valorizados, desde o cozinheiro, aos roupeiros, aos diretores... Trabalhar em conjunto e convencer os adeptos de que são apenas mais um jogador", concluiu.