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Plataforma "Som un Clam" pede a demissão de Laporta por causa do caso Olmo

Da esquerda para a direita: Dani Olmo, Joan Laporta, Lamine Yamal e Pau Cubarsí.
Da esquerda para a direita: Dani Olmo, Joan Laporta, Lamine Yamal e Pau Cubarsí.PASCAL LE SEGRETAIN / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
"Som un Clam", uma plataforma que afirma estar com o Barcelona "na cabeça e no coração" e que se define como "o motor da mudança", emitiu um duro comunicado para exigir a demissão de Joan Laporta e da sua direção.

A incerteza reina no seio de um Barça que tenta evitar o ridículo no último minuto, depois de ter ultrapassado o prazo estabelecido, que terminava antes do recém-inaugurado 2025. O dia 31 de dezembro seria inevitavelmente longo, mas muitos adeptos esperavam comer as suas uvas sabendo que continuariam a desfrutar de Olmo (contratado por 60 milhões de euros) e de Pau Victor (proveniente do Girona por 2,7). A LaLiga, por outro lado, disse "não".

"Desde o Som un Clam queremos expressar a nossa total indignação e vergonha causada pela gestão do presidente Joan Laporta e da direção relativamente às inscrições de Dani Olmo e Pau Víctor, e exigimos a sua demissão. O que vivemos nas últimas horas de 2024 mostra que o círculo vicioso em que a equipa dirigente do clube entrou explodiu completamente. Mais cedo do que se poderia imaginar, a gestão amadora e errática começa a afetar o desempenho desportivo da equipa principal, que poderá ser privada de duas das suas contratações", salienta o texto.

A organização também se debruça sobre as famosas "alavancas", que neste momento parecem ser insuficientes: "Tem vindo a vender ativos estratégicos para o futuro, a fim de tapar os buracos resultantes de uma gestão caótica e improvisada. Apesar das promessas de recuperação, o clube continua a carecer de um plano financeiro sólido e de uma estratégia coerente que garanta a estabilidade a médio e longo prazo".

"Observamos com preocupação e espanto como são introduzidos intermediários com comissões milionárias em operações como a renovação do contrato de patrocínio com a Nike ou a do Spotify. Nós, os sócios, não podemos permitir que o Barça seja degradado desta forma. Exigimos o fim das promessas não cumpridas, da improvisação constante e da venda irresponsável de ativos que estão a hipotecar o modelo de propriedade coletiva que nos torna únicos", acrescentam.

Os membros do Som un Clam, que apelam mesmo à mobilização para tentar travar uma situação que interpretam como insustentável, terminam a nota de forma contundente: "É urgente uma mudança de rumo. É necessário recuperar a transparência, o planeamento e os valores que fizeram do Barça mais do que um simples clube. O futuro do Barça depende de nós, os seus sócios, e não vamos ficar de braços cruzados enquanto a instituição se deteriora".