Um dos temas abordados por Rafael Louzán foi o dos árbitros: "O modelo deve e tem de evoluir. Não muda há muitos anos, desde 1909. O mecanismo foi sempre o mesmo. A realidade do futebol profissional, que rende 44 milhões de euros, é que tem muito a dizer sobre isso. Tem de mudar a estrutura. Era e é indispensável. A Inteligência Artificial vai tornar-se uma parte importante e esta semana vão começar a trabalhar nela. O Real Madrid, que é muito crítico em relação à arbitragem, faz parte do comité e concorda com muitos dos pontos".
Por outro lado, deu a sua opinião sobre a polémica com os árbitros antes da final da Taça do Rei:"A conferência de imprensa (dos árbitros) não foi a mais adequada. Dei os parabéns ao De Burgos. Falei com o Real Madrid e penso que eles deviam ter estado presentes nos eventos que antecederam a final".
A sua relação com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, foi um dos temas da conversa: "Encontrei-me com ele duas ou três vezes. Encontrar-me com ele? Acho que não é necessário. É um clube grande como os outros e há diálogo. Ele disse-me que era preciso fazer alguma coisa em relação ao Negreira. É uma coisa vergonhosa, mas não tem qualquer influência na arbitragem atual. É uma questão judicial".
Por fim, esclareceu a polémica sobre as sedes do Mundial de 2030: "Eram 15 e ficaram 13. Ele não foi o responsável. Sabe como é o presidente da Câmara de Vigo. Confunde-se pelo caminho. Essas pessoas já não estão lá porque era uma situação muito provisória. Qualificaram as 11 cidades, mas a decisão final sobre os locais de competição caberá à FIFA. Se são nove, sete ou dez. O Canadá tinha três e no final escolheram uma que não estava lá".