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Presidente da LaLiga ataca City: "Queremos um castigo, só pensam em contornar as regras"

Khaldoon Al Mubarak, presidente do City, com Florentino Pérez, presidente do Real Madrid
Khaldoon Al Mubarak, presidente do City, com Florentino Pérez, presidente do Real MadridÁNGEL MARTÍNEZ / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
Javier Tebas, presidente da LaLiga, tem cruzadas em várias frentes. Em Espanha, contra o Real Madrid e Florentino Pérez pelas críticas aos árbitros. Em França, contra o PSG. E em Inglaterra, contra o Manchester City, pela mesma causa que os parisienses, por uma espécie de doping económico.

Foi por isso que pediu a sanção de dois dos gigantes europeus e informou a Comissão Europeia do que considera ser jogar com vantagem, uma vez que estes chamados "clubes estatais" são financiados pelos governos do Catar e dos Emirados Árabes Unidos, inflacionando vários fluxos de receitas, como os patrocínios. A este respeito, Tebas foi mais longe durante o Business of Football Summit organizado pelo Financial Times, acusando os Cityzens de fraude.

"Acreditamos que o City está a atribuir as perdas a empresas que não fazem oficialmente parte do City Football Group. O City está a colocar todos os seus custos nessas empresas. Por exemplo, têm empresas de scouting ou de marketing que acumulam custos elevados, mas faturam montantes baixos ao Manchester City. Isto permite ao clube ter uma estrutura que contorna as regras", atirou.

Algo semelhante, segundo o presidente da LaLiga, ao que a empresa Enron fez nos Estados Unidos no início do século. E explicou-o da seguinte forma.

 

"Tudo o que fazem é pensar em como podem contornar as regras e os regulamentos. Nós denunciámos a situação à União Europeia com factos e números. O Reino Unido pode não fazer parte da União Europeia (UE), mas o City tem atividades comerciais na Europa e, em julho de 2023, a decisão da UE diz que podem investigar as empresas que recebem auxílios estatais, quer estejam sediadas na UE ou não", prosseguiu.

Por isso, insiste que, depois de ter distorcido o mercado europeu, a equipa dirigida em campo por Pep Guardiola, e que tem pendente uma decisão da Premier League sobre a possível falsificação de dados contabilísticos em Inglaterra, deve ser punida.

"Pedimos que o City fosse investigado. É muito importante que todos os clubes estejam sujeitos às mesmas normas de transparência e governação, tanto em matéria desportiva como financeira. Queremos que o Manchester City seja castigado. O caso está a ser investigado, mas ainda não recebemos uma resposta, por isso deve estar em fase de investigação", finalizou.