Apesar de se tratarem de reuniões privadas, a imprensa espanhola teve acesso a alguns dos conteúdos, provavelmente divulgados por um árbitro, e expôs as declarações de Luis Medina Cantalejo sobre o cartão vermelho mostrado ao treinador do Barcelona. Desde que chegou ao clube catalão, o alemão nunca tinha estado numa situação semelhante à de 7 de dezembro de 2024. Alejandro Muñiz Ruiz mostrou-se impassível e expulsou-o.
"Fazendo todo o tipo de gestos, barbaridades, etc., e aqui estamos nós com os nossos amigos no túnel do balneário. Apertos de mão, abraços, 'és um craque' ou 'és uma besta'. E esta semana, devo dizer, assistimos à expulsão de um treinador? Que Deus venha e veja! Durante toda a época, tivemos de suportar queixas, gestos, protestos de todo o género? E repito, a 10 metros da zona técnica. Fizemos gestos com os braços, atirámos garrafas, tudo... e engolimos", explica.
"Agora acontece que, não fazendo nada, por mais que eu tenha visto e tal, f*da-se, f*da-se.... Também é preciso ter um bocadinho de contenção quando estas coisas acontecem. É diferente se soubermos que um tipo está a causar problemas todos os fins-de-semana, a protestar contra tudo e a fazer-nos tudo, por isso, se um dia eu for longe demais, ele pode calar-se. Além disso, no ano passado ou no ano anterior, já não me recordo, implementámos este protocolo de advertência verbal, apesar de algum insulto ou se ele nos atira uma garrafa ou nos bate com uma bola. Vamos lá, fizemos uma advertência verbal clara e toda a gente viu", afirmou.
"Se o treinador continuar a protestar ou quiser ter a última palavra, será advertido. Mas, repito, vamos tentar por todos os meios ser um pouco mais justos. Não estou a dizer que tenha acontecido alguma coisa aqui nas redondezas, porque chamar-te filho da puta a meio centímetro, obviamente que vais para a rua, mas há expressões que fazem parte da própria frustração. Não sei, acho mesmo que temos de olhar um bocadinho para isto".