Vinicius, que tem sido alvo de abusos raciais regularmente nos jogos da LaLiga nas duas últimas épocas, foi reconhecido por ter criado uma fundação que está a construir escolas em zonas pobres e a investir na educação no Brasil.
"Continuarei a ser forte na luta contra o racismo", afirmou o brasileiro, que recebeu o prémio das mãos do Príncipe do Mónaco. "É uma coisa muito triste falar de racismo hoje em dia, mas temos que continuar na luta para que as pessoas sofram menos. Muito feliz por receber este prémio e por ajudar muitas crianças no Brasil. Eu tive poucas chances de chegar onde cheguei vindo de onde eu vim, então é um prazer para mim ajudar o máximo de crianças que eu puder para que elas possam ter uma chance".
O jogador foi o único brasileiro no top 10 do ranking da Bola de Ouro deste ano, depois de ter marcado 23 golos em todas as competições pelo Real na época passada. O atacante também participou numa emocionante homenagem a Pelé, o grande jogador brasileiro que morreu em dezembro do ano passado, aos 82 anos.
"Pelé é um deus para mim e se estou aqui hoje, é graças a ele. Ele colocou o Brasil noutro patamar e as pessoas respeitam os jogadores brasileiros graças ao grande legado que ele deixou", disse Vinicius.
O Instituto Vini Jr., criado em 2020, tem como objetivo usar a popularidade do futebol para ajudar a inovar o ensino e a aprendizagem nas escolas públicas brasileiras. O projeto prevê que até ao final de 2023 sejam beneficiadas 15 escolas e 10 mil alunos, com a contratação de mais de 500 professores.