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Vinícius regressa ao Mestalla para reencontrar Gabriel Paulista e o Valência

Vinicius após o incidente racista em Mestalla, em maio
Vinicius após o incidente racista em Mestalla, em maioAFP
No jogo da época passada no Bernabéu, o defesa-central do Valência foi expulso aos 71 minutos, depois de ter pontapeado Vini sem intenção de jogar a bola. Paulista acabou por dois jogos. No Mestalla, os insultos racistas de que foi alvo levaram à expulsão de vários adeptos e foram amplamente divulgados pelos meios de comunicação social.

No confronto de fevereiro, Vinícius havia reivindicado minutos antes com um golaço após uma corrida extraordinária para fazer 2-0. O desespero de Gabriel Paulista com aquela entrada feia estragou um bom jogo do Real Madrid, em que tanto Asensio como Ceballos se tinham justificado. Vinícius virou-se e confrontou o seu compatriota após a agressão.

Mas as polémicas de Vinícius com o Valência não ficaram por aqui. No jogo da segunda volta, o brasileiro sofreu um episódio desagradável que deu a volta ao mundo. O avançado interrompeu o jogo durante 10 minutos para repreender alguns adeptos pelos constantes insultos racistas, o que levou a que as forças de segurança os expulsassem do relvado.

O "está a chamar-me macaco, a fazer-me assim com os braços" com que se dirigiu a De Burgos Bengoechea alertou o árbitro para a gravidade do que se tinha passado. Rüdiger, Militao, Lucas Vázquez e Gayá tentaram acalmá-lo.

Mas, como se isso não bastasse, os incidentes não ficaram por aqui. Aos 90+7 minutos, Musah não quis dar a bola a Rüdiger, o que não agradou a Vinícius. Mamardashvili foi para cima dele e começou uma rixa que levou Hugo Duro a agarrá-lo pelo pescoço e o brasileiro respondeu com uma bofetada. O brasileiro foi expulso, gesticulando "A segunda, a segunda, a segunda" para o público do Mestalla, que entoava "Tonto, tonto".

A questão tem-se arrastado desde que, em outubro, Vinicius declarou em tribunal que os insultos de que foi alvo no Mestalla eram generalizados, ao que o Valência respondeu com uma declaração enérgica. "O racismo não tem lugar no futebol nem na sociedade, mas não pode ser combatido com falácias ou mentiras infundadas", afirmou.

Vini espera concentrar-se exclusivamente no futebol, aproveitando a grande forma em que se encontra, demonstrada na quarta-feira contra o SC Braga na Liga dos Campeões, onde marcou um golo e assistiu Rodrygo de forma magistral.