O catalão foi despedido pelo Barça no final da última época e esteve afastado do futebol até agora. Em entrevista à France Football, Xavi falou sobre a sua abordagem como treinador e os seus planos para o futuro.
"Gosto de ver equipas que jogam bom futebol. Treinadores como (Pep) Guardiola, Arne Slot no Liverpool, (Vincent) Kompany no Bayern, mas também acompanho os campeonatos no Catar, na Arábia Saudita, em Portugal...".
"Quero que os meus jogadores se divirtam, desenvolvam um estilo de jogo atrativo para os adeptos e conquistem títulos. Quero ganhar a Liga dos Campeões, o Campeonato da Europa, o Mundial...".
"Não tenho nada definido, estou aberto a ofertas. Porque não treinar outra equipa da LaLiga? Estou à procura de um projeto empolgante, tenho ambição de conquistar troféus", afirmou.
Influência neerlandesa
Xavi também mencionou a sua admiração por Johan Cruyff.
"(Johan) Cruyff teve um grande impacto em mim. Para mim, o futebol é, antes de tudo, um jogo. É claro que o objetivo é vencer, mas isso acontece naturalmente se jogares bem e te divertires em campo".
"A minha filosofia baseia-se em quatro 'P's': pressão, para recuperar rapidamente a bola; posse, porque se não tiver a bola 90% do tempo, sofro; posição, para que cada jogador ocupe um espaço e saiba onde está o colega; e perceção, para compreender o jogo e antecipar-se às melhores decisões".
"Eu ainda acrescentaria um quinto 'P': paixão, porque se um jogador se sentir realizado, terá sucesso mais naturalmente".
Uma visão diferente
Questionado sobre os melhores treinadores, Xavi afirmou que muitos deles foram médios durante a carreira:
"La Masia e a minha posição no meio-campo deram-me uma vantagem. Sempre vi o futebol como um todo".
"Não pensava apenas em defender ou atacar, mas em construir. Para mim, os melhores treinadores são ex-médios: Guardiola, (Louis) Van Gaal, (Carlo) Ancelotti, Xabi Alonso, (Mikel) Arteta...".
Sobre o seu regresso ao Barça, Xavi explicou: "O Barcelona já me tinha abordado duas vezes antes do (presidente Joan) Laporta, mas ainda não me sentia preparado. Por isso, passei duas épocas e meia no Al-Sadd, onde pude treinar, experimentar e ganhar títulos".
"Os primeiros 18 meses no Barça foram muito, muito bons. Ficámos em segundo lugar antes de vencer a LaLiga em 2023, assim como a Supertaça de Espanha. Depois, os resultados não foram tão bons. As saídas de Jordi Cruyff e Mateu Alemany foram golpes duros".