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Xavi: "O treinador tem de sair no final de época se não tiver resultados, não em dezembro"

Xavi, durante a conferência de imprensa que antecedeu o Valência-Barça
Xavi, durante a conferência de imprensa que antecedeu o Valência-BarçaFC Barcelona
A pressão está a apertar à volta do pescoço de Xavi, mas o treinador do Barcelona não vacila. Pelo menos, para fora de portas. Garante que tem a confiança de todos no clube e que a pressão vem de fora, de um ambiente que é sempre difícil e hostil, apesar de "há cinco meses termos estado nas ruas como campeões".

"É tempo de ser coerente, de ter calma". Foi esta a primeira mensagem de união que Xavi Hernández quis transmitir antes do jogo contra o Valência.

Para o técnico, a situação não é tão crítica como alguns meios de comunicação, mesmo os que apoiam o clube, tentam fazer parecer.

"Estamos a meio caminho de nos tornarmos um grande Barça. Surpreende-me que as pessoas abandonem o barco na primeira curva. Temos de acreditar mais do que nunca nos jogadores, no projeto. Aqui, os alarmes soam sempre quando as coisas não correm bem, mas ainda só estamos a meio da época. Não aprendemos. No ano passado, estávamos pior e fizemos uma época extraordinária, porque não podemos fazer uma excelente desta vez? Esta é a minha realidade e não vai mudar. Surpreende-me que os Culés não se unam nos momentos difíceis", comentou.

É por isso que não pensa em demitir-se, mas sim em continuar a trabalhar para melhorar: "Prefiro ser criticado do que os jogadores. Dou mais se me criticarem e não vou parar. Não pensei em sair, pelo contrário. Estou mais envolvido, com mais responsabilidade. Não quero falhar, sobretudo no clube da minha vida".

"Pequena percalço de resultados"

Xavi justifica as duas derrotas seguidas, frente ao Girona e ao Antuérpia, com "um pequeno percalço de resultados", mais do que de exibicional. Mas isso não o impede de acreditar em dar a volta à situação e voltar a ser campeão no final da época. E se não for assim... "O que está em causa é o desempenho, os resultados e, se no final da época não houver resultados, o treinador terá de sair, mas não em dezembro", defendeu.

O que espera agora é que "os Culés estejam unidos. Estão a contar uma história irreal, gerando uma tensão que não é necessária porque estamos na corrida para ganhar quatro títulos".

Por isso, insistiu que o clube "precisa de estabilidade. Quando digo que estamos em construção é porque vai haver solavancos, mas se a cada solavanco entrarmos numa depressão profunda...".

Uma final no Mestalla

É claro que tudo pode mudar se as vitórias regressarem no final do ano. A começar por este sábado, em Valência."É uma final porque precisamos de pontos. Na LaLiga não estamos onde devíamos estar. As derrotas contra o Madrid e o Girona estão a afetar-nos. Amanhã (sábado) é muito importante contra um adversário complicado e difícil. O Baraja está a fazer um trabalho extraordinário. Deram um passo em frente, o Mestalla é apertado, apesar de terem um ponto em 12. Mas se perdermos ou empatarmos em Valência, continuamos a acreditar no projeto".

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