Era tudo o que faltava para prejudicar ainda mais a imagem do futebol profissional francês.
Recém-reeleito no final de um processo eleitoral que se aproxima da paródia, Vincent Labrune reduziu, como tinha prometido, o seu salário de presidente da LFP. Esta quarta-feira, foi anunciada uma redução de 30% na sua remuneração, que passou de 1,2 milhões de euros para 840 mil euros por ano.
Isto antes de a missão do Senado sobre o envolvimento de fundos de investimento no futebol francês ter emitido um comunicado a explicar que Vincent Labrune tinha, de facto, acabado de... duplicar o seu salário!
O presidente, Laurent Lafon, e o relator, Michel Savin, "querem deixar claro que se trata de uma redução enganosa que terá um impacto duradouro nas receitas do futebol francês, que necessita de financiamento na sequência do lançamento do mercado de direitos televisivos da Liga 1."
"O trabalho realizado pela missão de inquérito revelou que o aumento do salário do Presidente da LFP de 420 000 euros para 1,2 milhões de euros, votado em setembro de 2022, foi financiado de 2022 a 2024 não a partir do orçamento da Liga, mas a partir do envelope de taxas definido no âmbito da contribuição de 1,5 mil milhões de euros paga pela CVC no âmbito da sua aquisição de uma participação na sociedade comercial", pode ler-se.
"Este aumento salarial, que não se destina a durar para além de 2024, fim do anterior mandato do presidente da LFP, significa que serão acrescentados 420.000 euros aos custos de funcionamento da Liga, numa altura em que esta deveria implementar um plano de poupança", acrescentou.
Por outras palavras, o salário de Labrune passou de 420 mil euros para 840 mil euros por ano!