Achraf Hakimi no caminho traçado para o galardão de Jogador Africano do Ano

Hakimi frente ao Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões a 21 de outubro.
Hakimi frente ao Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões a 21 de outubro.FRANCK FIFE/AFP

Depois de uma época brilhante ao serviço do Paris Saint-Germain, Achraf Hakimi está entre os três finalistas à eleição de Jogador Africano do Ano 2025. Mais dominante do que nunca na sua posição, o marroquino surge como o favorito natural a este prestigiado prémio individual.

Inicialmente nomeado entre outros nove jogadores este ano pela Confederação Africana de Futebol (CAF), Hakimi vai descobrir dentro de algumas horas se será o primeiro defesa a conquistar este título continental desde 1973.

Franck Anguissa, Fiston Mayele, Mohamed Salah, Denis Bouanga, Serhou Guirassy, Oussama Lamlioui, Victor Osimhen, Iliman Ndiaye e Pape Matar Sarr também integraram o lote dos dez finalistas. No lote final, o avançado do Liverpool e o do Galatasaray devem completar o pódio ao lado do jogador do PSG.

A concorrência é feroz, já que Salah conquistou o prémio em 2017 e 2018, terminou em 2.º em 2019 e 2022, e em 3.º em 2023. Individualmente, o egípcio realizou uma temporada 2024-2025 extraordinária na Premier League (29 golos e 18 assistências em 38 jogos), mas esteve mais discreto na Liga dos Campeões. Quanto a Osimhen – vencedor há dois anos –, assumiu com distinção o papel de líder ofensivo na sua nova equipa. No entanto, a pouca visibilidade do seu coletivo a nível europeu pode dificultar a conquista do troféu.

É verdade que o ex-jogador do Nápoels deixou marca recentemente ao apontar um hat-trick, mas considerando o conjunto dos acontecimentos do último ano, Achraf Hakimi parece estar um passo à frente dos seus adversários.

No capítulo decisivo, já soma 2 golos e 3 assistências em 14 partidas em todas as competições pelo PSG desde agosto. Em 2024/25, foi ainda mais impressionante, pois ninguém se destacou tanto na sua posição a nível mundial. Com participação direta em 27 golos (11 marcados, 16 assistidos) em 55 jogos, o internacional marroquino apresenta um rendimento verdadeiramente histórico.

Uma marca individual muito forte

Mas não se deve limitar a análise aos números. O impacto do vice-capitão do PSG fez-se sentir em vários aspetos, começando pela dinâmica de jogo idealizada pelo treinador Luis Enrique.

Na primavera passada, o título na Liga dos Campeões veio coroar a qualidade exibida pelos parisienses. E, de facto, isso só foi possível em grande parte graças a Hakimi. No corredor direito, desempenhou um papel fundamental. Sempre dominante com a bola, esteve constantemente envolvido no último terço do campo. E no final das jogadas, o golo esteve quase sempre iminente.

Também a nível defensivo, o marroquino de 27 anos não conhece limites e multiplica os esforços. Não apenas num jogo, mas ao longo das semanas e meses, a sua regularidade foi exemplar. Nos momentos decisivos, esteve sempre presente, e é isso que distingue os grandes campeões.

Segundo as nossas informações, tornou-se um dos líderes do plantel parisiense nas duas últimas épocas, mantendo uma relação próxima com todos os jogadores do grupo.

Desde o início da temporada 2024/25, o lateral direito é o defesa que mais vezes tocou na bola entre o top-5 europeu (6568), muito à frente de Virgil van Dijk. Em passes completos, está logo atrás do neerlandês (4540 contra 4550). Lidera no número de toques na área adversária (247), e é o defesa com mais remates tentados depois de Federico Dimarco (108), sendo também quem mais remates enquadrou (44).

Lesionado desde o jogo frente ao Bayern Munique após a entrada dura de Luis Diaz, Hakimi poderá fazer muita falta à sua equipa. E no balneário, vai certamente deixar um vazio. Vice-capitão do PSG, natural de Madrid, tornou-se um dos melhores jogadores do mundo em 2025.