"Nos últimos meses, temos assistido a comportamentos totalmente inadequados na Ligue 1 e na Ligue 2, bem como a atos de violência no mundo amador", explicou Philippe Diallo, Presidente da 3F.
"Alguns árbitros tiveram de ser afastados" e há uma "preocupação" crescente entre o corpo de árbitros.
"Mantivemos conversações com o Ministério do Interior e a FFF vai colaborar com a polícia no âmbito de um acordo nacional", disse Philippe Diallo.
O "arsenal" consistirá, nomeadamente, na inclusão dos árbitros ameaçados ou dos árbitros de jogos sensíveis no dossier Pégase II - um programa de proteção de que beneficiam certas figuras públicas -, em sistemas de vigilância das suas casas e locais de trabalho, num botão específico de chamada da polícia e na formação para uma utilização mais segura das redes sociais.
Além disso, Philippe Diallo pediu a Antony Gautier, chefe da arbitragem francesa, que analisasse novas recomendações, tais como penas e ações penais mais severas para os agressores e o teste de câmaras de bordo. O relatório deverá ser apresentado em 12 de maio.
Nos últimos meses, a Ligue 1 tem sido palco de vários ataques a árbitros. Entre os mais mediáticos, conta-se a ameaça de cabeça a cabeça feita em 2 de março ao árbitro do jogo Lyon-Brest (2-1), Benoît Millot, pelo treinador do Lyon, o português Paulo Fonseca. Ou os comentários do presidente do Marselha, Pablo Longoria, que ficou furioso com a arbitragem de Jérémy Stinat no jogo Auxerre-Marselha e denunciou uma "verdadeira corrupção".
Jérémy Stinat apresentou uma queixa por "danos num veículo" e "ameaças de morte" depois de ter encontrado os pneus do seu carro furados em sua casa, na região de Landes.