Um ano depois de a autarca ter fechado a porta ao anunciar, em janeiro de 2023, que o Parc des Princes "não será vendido", a Assembleia Municipal, dominada pela esquerda, confirmou esta posição, apelando a que a modernização do estádio "seja realizada no âmbito de um pacote que satisfaça todas as partes, mas que não implique a sua venda".
"Queremos que o PSG permaneça no Parque dos Príncipes desde o início", mas "não queremos vender o património de Paris", reiterou o vice-ministro do Desporto, Pierre Rabadan, lembrando que a Câmara Municipal dedicou "quatro anos a um projeto de extensão", de 2018 a 2022.
O PSG, que tem um contrato de arrendamento de 30 anos com a Câmara Municipal, proprietária, até ao final de 2043, considera que a aquisição do estádio é essencial para os seus planos de expansão para 60.000 lugares, contra os atuais 48.000. No entanto, "as discussões foram interrompidas no dia em que condicionaram as obras de ampliação a uma compra definitiva", segundo Rabadan.
Desde então, o executivo parisiense tem "pedido constantemente o regresso ao diálogo, que ainda hoje não existe", admitiu o antigo jogador de râguebi do Stade Français. Perante a persistência do impasse, "o maior risco é o PSG abandonar o Parque" e a Câmara Municipal ser obrigada a "assumir todos os custos de investimento de um estádio vazio", alertou o presidente do 16.º arrondissement, Jérémy Redler.
À força de "procrastinação" e de "informações contraditórias", "está mais uma vez a demonstrar que não sabe trabalhar com os seus parceiros, em detrimento de Paris", criticou o opositor Pierre-Yves Bournazel, dirigindo-se a Anne Hidalgo.
No início de janeiro de 2024, os vice-presidentes da Câmara, Emmanuel Grégoire e Pierre Rabadan, apelaram ao PSG para retomar as conversações, afirmando que queriam dar ao clube "garantias" de um contrato de arrendamento a muito longo prazo.
