A última vez que o Marselha conquistou um troféu importante foi a 14 de abril de 2012, levantando a Taça da Liga. Desde então, participou em 42 torneios nacionais e internacionais sem conquistar mais nenhum título.
Os nove vezes campeões da Ligue 1 tiveram uma época imprevisível, lidando com desafios como problemas financeiros, lesões, falta de profundidade do plantel e uma série de conflitos internos.
Outro problema que parece ter atrapalhado os olímpicos são as frequentes mudanças no comando técnico. Ao contrário da época passada, em que o clube teve quatro treinadores, esta época não tem sido tão precipitada, com Roberto De Zerbi a substituir Jean-Louis Gasset em junho de 2024 e a manter-se no cargo.
No entanto, o antigo avançado do clube elogiou as suas prestações, afirmando que a equipa francesa pode continuar a trabalhar na próxima época.
"É uma temporada muito boa para o Olympique de Marselha", disse Drogba ao Flashscore.
"Considerando os recursos e a força do Paris Saint-Germain hoje, só posso dizer que foi uma boa temporada. Somos a segunda melhor equipa do campeonato. Acho que isso é bom, porque significa que o clube pode desenvolver certas partes e começar a próxima temporada com algumas bases. Mas cabe ao treinador fazer com que isso aconteça", acrescentou.
Os gigantes do Stade Velodrome deixaram a Taça de França nos oitavos de final, mas estão no bom caminho para a qualificação para a Liga dos Campeões, ocupando atualmente o segundo lugar, com o Mónaco, o Nice e o Lille logo atrás.
O sonho de regressar a Marselha
Antes de se tornar um dos maiores avançados da Premier League, Drogba causou grande impacto na temporada 2003/04, marcando 32 golos em 55 jogos e ajudando o Olympique de Marselha a chegar à final da Taça UEFA.
O duas vezes eleito Jogador Africano do Ano voltou a Marselha na semana passada, para um jogo especial de lendas, de comemoração do 125.º aniversário do clube, ao lado de ícones como Robert Pires, Franck Ribéry, William Gallas, Samir Nasri e Taye Taiwo.
Para Drogba, foi um momento inesquecível.
"Bem, o que precisam de saber é que sou adepto do Marselha desde os 12 anos. Portanto, vivi todas as explosões que vieram depois, mas nenhuma delas se compara ao amor que tenho pelo Marselha, em intensidade ou de qualquer outra forma. Nunca fui criticado por ter ido para Inglaterra depois de apenas uma época. As pessoas aceitaram e compreenderam isso. Na verdade, ainda parece um sonho para mim voltar", assumiu.
Quando perguntado sobre o que faz o clube ser querido para ele, o marfinense mencionou o icónico Stade Velodrome.
"É claro que é o campo. Mesmo quando eu estava no Olympique de Marselha, parecia natural estar aqui, neste estádio (o Velódromo). É o relvado, é tudo. Tive a sorte de estar novamente neste campo (durante o 125.º aniversário), partilhando a experiência com os meus antigos companheiros de equipa e até com aqueles que nos inspiraram nas gerações passadas, porque o Marselha é assim", explicou.
Após o empate 1-1 com o Lille, no domingo, o Marselha está invicto nos seus últimos três jogos na Ligue 1. A sua anterior série invicta mais longa foi de 2 a 15 de fevereiro.
O Marselha estava a caminho de uma vitória após o golo de Amine Gouiri, mas os anfitriões empataram através do jovem belga Matias Fernandez-Pardo, e os pontos foram partilhados no Stade Pierre-Mauroy.
O Marselha vai defrontar o Le Havre, que está em risco de despromoção, no sábado, antes de receber o Rennes no último jogo da época, a 17 de maio.