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Depois de ter marcado presença em agosto, Félix Correia foi menos impressionante em setembro em termos de números, tal como o LOSC teve um mês misto. Enquanto a campanha europeia foi perfeita, com duas vitórias em dois jogos, nomeadamente contra a Roma, o Lille teve um desempenho menos impressionante na Ligue 1, com uma vitória, um empate e duas derrotas. Duas dessas derrotas que pesam, já que primeiro foi diante do RC Lens, a travar o bom momento vivido até 20 de setembro (3-0), antes de o Lyon, um concorrente direto, impor um segundo desaire consecutivo na Ligue 1 (0-1).
Regresso à realidade ou simples fase de aprendizagem? Sabe-se que Bruno Génésio conta com um plantel bastante renovado desde o último mercado de transferências, e o grupo ainda está a aprender a entrosar-se. Atordoados, os lillois voltaram a erguer-se no início de outubro, na Liga Europa, vencendo de forma autoritária no Olímpico (0-1). Um triunfo que lhes deu novo ânimo para a receção ao PSG, em Pierre-Mauroy, antes da paragem internacional — um jogo que terminou empatado 1-1, depois de uma excelente primeira parte.
Neste contexto, o extremo português continua a adaptar-se e a aprender as regras do seu novo país, a França. Até ao momento, Félix Correia tem-se revelado um jogador de equipa capaz de fazer brilhar os outros, como o demonstram as suas quatro assistências nesta época. Mas o lisboeta precisa de dar a volta por cima e sabe disso. O Lille espera que ele se torne um dos seus principais jogadores, ao lado de Fernandez-Pardo e Haraldsson.

Mas, como em qualquer clube, muitas vezes depende de um sistema e das escolhas de um treinador. E a realidade é que Bruno Genesio utilizou vários sistemas de jogo diferentes desde o início do ano, e certas escolhas tiveram de ser feitas com base neles. 4-2-3-1, 4-4-2 em linha, 4-3-3, o português parece ter lugar nos dois primeiros sistemas, mas quando o treinador francês opta pela última opção, são os dois nomes mencionados acima que ganharam a sua preferência.
Todas estas opções são susceptíveis de tornar o LOSC mais forte a longo prazo. Mas, por enquanto, é preciso procurar, testar e encontrar uma equipa que funcione. É por isso que chegou o momento de Félix Correia dar um passo em frente. O ex-Gil Vicente quer afirmar-se na equipa principal e está também motivado pela ideia de melhorar o seu desempenho ofensivo. É apenas uma questão de tempo até que marque o seu primeiro golo pelo Lille.
E um dado que vai nesse sentido: é, juntamente com Fernandez-Pardo, o jogador da sua equipa que mais contribuiu para os golos (4). Agora, tudo é uma questão de tempo e de trabalho. A adaptação, tanto ao clube como à cidade, está a correr bem, embora o jogador tenha ficado surpreendido com a dimensão e a influência do LOSC - os adeptos, a estrutura e todas as instalações de alto nível. Além disso, o jogador sabe que está a ser seguido de perto por Roberto Martínez e que, em caso de boa época na Ligue 1 e na Liga Europa, isso poderá abrir-lhe as portas da seleção para o próximo Mundial.