Hakimi eleito futebolista africano do ano, Bubista ganha prémio de melhor treinador

Achraf Hakimi foi coroado Bola de Ouro africana 2025
Achraf Hakimi foi coroado Bola de Ouro africana 2025ABU ADEM MUHAMMED / ANADOLU / ANADOLU VIA AFP

O marroquino Achraf Hakimi, do tetracampeão francês e campeão europeu Paris Saint-Germain, foi hoje eleito jogador africano do ano pela Confederação Africana de Futebol (CAF), que designou Bubista, selecionador de Cabo Verde, como melhor treinador.

Este troféu prestigioso não é só para mim, mas para todos os jovens africanos que têm sonhos e aspiram a ser jogadores”, sublinhou Hakimi, ao receber o troféu das mãos dos líderes da CAF, o sul-africano Patrice Motsepe, e da FIFA, o ítalo-suíço Gianni Infantino.

Num ano em que ajudou os parisienses a arrebatarem o campeonato gaulês, a Taça de França, a Supertaça Europeia e uma inédita Liga dos Campeões, tendo ainda ajudado Marrocos a qualificar-se para o Mundial-2026, o defesa direito logrou pela primeira vez o maior prémio individual africano, batendo dois avançados, o egípcio Mohamed Salah, do campeão inglês Liverpool, e o nigeriano Victor Osimhen, do tricampeão turco Galatasaray.

Hakimi, de 27 anos, alinha no Paris Saint-Germain há cinco temporadas e é companheiro de equipa dos internacionais portugueses Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos, tendo sido ainda finalista derrotado do Mundial de Clubes, no último verão, nos Estados Unidos.

É o quinto marroquino a ganhar o prémio de jogador africano do ano, no qual tinha sido segundo em 2023 e 2024, atrás de Osimhen e do também nigeriano Ademola Lookman.

Nas restantes distinções, a CAF elegeu como melhor treinador Pedro Brito, apelidado de Bubista, que bateu Walid Regragui e Mohamed Ouahbi, selecionadores A e de sub-20 de Marrocos, após ter orientado Cabo Verde na inédita qualificação para o Mundial-2026.

Isto é incrível. Quero agradecer à minha família, à equipa técnica, aos atletas e ao povo do meu país. Somos um país pequeno, mas temos um coração enorme”, reconheceu Bubista, de 55 anos, sucessor do selecionador costa-marfinense Emerse Faé no prémio.

A distinção foi entregue pelo antigo avançado argelino Rabah Madjer, campeão europeu pelo FC Porto em 1986/87, numa cerimónia decorrida em Rabat, em que Cabo Verde e Marrocos eram candidatos ao galardão de melhor seleção nacional masculina, que foi vencido pelos sub-20 marroquinos, campeões mundiais do escalão há um mês, no Chile.

Já o octocampeão sul-africano Mamelodi Sundowns, comandado pelo português Miguel Cardoso, foi ultrapassado na categoria de clube masculino pelos egípcios do Pyramids, frente aos quais perdeu a final da Liga dos Campeões africanos na temporada passada.

O marroquino Yassine Bounou, do Al Hilal, recebeu o galardão de melhor guarda-redes pela segunda vez, após 2023, enquanto, no feminino, a compatriota Ghizlaine Chebbak, que também alinha naquele clube da Arábia Saudita, superou Sanaâ Mssoudy, do FAR Rabat, e a nigeriana Rasheedat Ajibade, do Paris Saint-Germain, na corrida a melhor jogadora africana.