Quando o contrato terminou na capital espanhola, no verão passado, e ficou livre, teve várias ofertas em cima da mesa. Falava-se de novos compromissos nos Estados Unidos, na Arábia Saudita ou na Turquia. E em França. Os adeptos e os meios de comunicação social esperavam, logicamente, que o jogador pudesse recordar os anos frutuosos com a camisola dos Dogues, nos quais celebrou o título da principal competição francesa e também a Taça de França em 2011.
No entanto, ninguém acabou por atrair Hazard para as suas fileiras, nem mesmo o Lille. Não só por razões desportivas, mas também por razões familiares. "Queria voltar porque teria sido uma história maravilhosa. O meu corpo, por outro lado, estava a começar a falhar. Não queria voltar se não pudesse jogar. Não tinha a certeza se ia estar ao nível que precisava de estar, dadas as lesões que tinha sofrido nos últimos anos", revelou ao jornal regional francês.
O jogador de La Louviére estava a considerar seriamente uma oferta do Stade Pierre-Mauroy. No entanto, a decisão de completar a sua rica história prevaleceu. "Sempre fui muito claro sobre isso. O Lille é o meu clube, o meu único clube francês. Não me vejo em nenhuma outra equipa francesa. Também era complicado para a minha família. Teríamos de deixar Madrid, onde estamos instalados. Tinha grandes dúvidas a esse respeito".
O jogador ainda guarda boas recordações dos seus anos no Lille, onde, aliás, participou no jogo de domingo passado contra o Rennes. Os pais de Hazard concordaram que o filho aprendesse o ofício fora da Bélgica. "Quando falo do Lille, só me vem uma palavra à cabeça: espetacular. Desde o início, quando eu tinha apenas 14 anos, até o ano em que saí, foi espetacular, e não apenas em termos de futebol", concluiu.
