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Liga dos Campeões: A juventude do PSG mandou uma mensagem à Europa

Luis Enrique no banco do PSG
Luis Enrique no banco do PSG Urbanandsport / NurPhoto / NurPhoto via AFP

Graças a um punhado de adolescentes que estiveram à altura para substituir os seus prestigiados colegas lesionados, o PSG conquistou Barcelona (2-1) e enviou uma mensagem na Liga dos Campeões: não será nada fácil despojá-lo do seu trono europeu.

Reveja aqui as principais incidências da partida

Depois de um primeiro tempo hesitante e a perder por 1-0, o PSG conseguiu domar um Barcelona supermotivado no seu território.

Depois de bater a Atalanta no primeiro jogo europeu (4-0), o campeão francês tinha tropeçado depois em Marselha (1-0) a 22 de setembro na Ligue 1. A visita a Barcelona era um bom momento para dar um murro na mesa. Chegou sem o tridente ofensivo da final europeia de 31 de maio (5-0 contra o Inter de Milão): os lesionados Ousmane Dembélé - recém-consagrado Bola de Ouro -, Désiré Doué e Khvicha Kvaratskhelia.

E no meio-campo sem João Neves, ausente à última hora. Mas o treinador Luis Enrique encontrou a fórmula para dar a volta à situação em Montjuic após o golo inicial de Ferran Torres. À imagem de Senny Mayulu, médio convertido em falso nove que, com apenas 19 anos, misturou audácia e calma para transformar uma impressionante cavalgada de Nuno Mendes. Após a exibição parisiense na reta final, foi Gonçalo Ramos, o submarino preferido de Luis Enrique, que completou a reviravolta com o tempo cumprido.

A pressão e o oficio do campeão vergou o Barça, à imagem de um Pedri que abandonou o campo esgotado. Vitinha, terceiro na Bola de Ouro, levantou o voo à medida que o duelo avançava, terminando a excelente nível.

"Ganhámos contra uma grande equipa, uma das melhores da Europa e do mundo, aqui como visitantes, a perder por 1-0... É uma grande declaração da nossa equipa", afirmou a bússola portuguesa.

O treinador azulgrana Hansi Flick aceitou com desportivismo a derrota: "Não há motivo para pensar que estivemos ao nível do PSG hoje. Eles têm velocidade, qualidade com bola, todos os parisienses sabem o que fazer num um contra um, num dois contra um. Jogaram em transições para marcar, temos de aprender com isto, estar melhor estruturados".

Vitinha felicitou os novatos da equipa. "Com cinco jogadores que normalmente são titulares que não estão (também o capitão Marquinhos, lesionado), tens jovens da formação que jogam, que entram muito bem... Deram uma grande resposta".

Quase um veterano apesar dos seus 19 anos, Warren Zaïre-Emery completou um jogo convincente, enquanto Ibrahim Mbaye, de 17 anos, assinou a sua melhor exibição desde que está na equipa principal. Até a entrada do avançado Quentin Ndjantou, de 18 anos, foi destacada.

Um PSG que encontrou recursos na formação após uma época passada desgastante que lhe está a cobrar factura regressa este domingo à Ligue 1, que lidera em partilha com o Lyon (2.º), para defrontar o Lille (6.º).