O Mónaco foi superado pelo Lens e ficou reduzido a 10 jogadores antes do intervalo, após a expulsão direta de Folarin Bolagun. Ansu Fati entrou em campo na segunda parte.
O avançado esteve longe do seu melhor. Não é de admirar. Desde a saída de Adi Hütter, o internacional espanhol tem estado apagado. Já são 6 jogos em todas as competições. Depois de uma sequência notável de 6 golos em 5 partidas, apenas 2 delas como titular, Fati ressentiu-se bastante com a saída do técnico austríaco.
Apesar de se estar a afirmar como uma peça cada vez mais relevante no conjunto monegasco, o catalão caiu rapidamente do onze inicial de Sébastien Pocognoli. Três jogos após a chegada do belga, Fati passou para o banco e nem sequer foi convocado para defrontar o Bodo/Glimt, tendo sido poupado para esta deslocação ao norte da Noruega. Nos últimos 3 encontros da Ligue 1, o avançado somou apenas 55 minutos em campo. O registo do ASM é irregular, com um triunfo por 5-3 em Nantes e derrotas consecutivas em casa frente ao Paris FC (0-1) e ao Lens (1-4). No entanto, sempre que Fati foi titular, o clube nunca perdeu (1-1 diante do Angers, 0-0 frente ao Tottenham, 1-0 contra o Toulouse).

Pocognoli iniciou o seu percurso com ambição, apostando num 3-4-3 com apenas um ponta-de-lança. Frente ao Lens, experimentou um 3-1-4-2, que não resultou. Acima de tudo, o novo treinador aposta em Balogun e, talvez ainda mais, em Mika Biereth. Irresistível quando chegou em janeiro, o dinamarquês tem estado discreto esta época, com apenas um golo frente ao Metz, que era então o último classificado. Ainda assim, Pocognoli utilizou-o por três vezes na Ligue 1, com um empate (Angers) e duas derrotas (PFC e Lens). E quando entrou frente ao Nantes, foi para substituir Fati.
Desta forma, o melhor marcador do clube foi relegado para uma posição inferior na hierarquia, depois de Hütter o ter promovido de forma paciente. Contra o Lens, Lucas Michal e George Ilenikhena entraram ao intervalo e à hora de jogo, respetivamente. Estará Pocognoli a querer afirmar a sua autoridade, mesmo que isso implique sacrificar Fati?
A primeira resposta será dada frente ao Rennes, pois, para já, a situação global do Mónacopouco mudou: a equipa continua tão frágil como sempre, com jogadores capazes de se desligar apesar de algumas boas sequências. Ocupando o sexto lugar, a apenas 2 pontos do 4.º posto, o Mónaco não perdeu o comboio, mas a tendência é negativa. Um período que coincide com a diminuição do tempo de jogo de Fati.
