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O jogo prometia logo de início quando o guarda-redes Berke Özer falhou a defesa a um cabeceamento de Rayan Fofana, deixando a bola ultrapassar a linha de golo, mas o lance foi anulado por fora de jogo. Do outro lado, o Lille quase aproveitou o susto, primeiro por Félix Correia, cujo remate foi travado por Robin Risser, e depois por Hákon Arnar Haraldsson, que atirou muito mal na recarga em posição privilegiada.
Após um início equilibrado, o marcador mexeu aos 28 minutos de forma insólita: um canto rasteiro atravessou a área até entrar junto ao segundo poste, com Wesley Saïd a liderar a celebração do Lens. Nem a chuva intensa nem o fumo dos engenhos pirotécnicos travaram o ritmo de um jogo intenso, em que ambas as equipas criaram perigo. Ainda assim, foram os Sang et Or a mostrar mais eficácia, ampliando a vantagem pouco antes do intervalo com um remate colocado em arco de Florian Thauvin, na sequência de mais uma transição rápida.
O Lille, que já somava 13 golos nas primeiras quatro jornadas e tinha mostrado grande poder ofensivo, voltou a revelar fragilidades defensivas logo após o recomeço. Özer voltou a comprometer, defendendo mal um disparo de Ruben Aguilar para a frente, permitindo a Fofana encostar para o 3-0. O VAR confirmou a legalidade do lance, reforçando o domínio do Lens num Stade Bollaert-Delelis ao rubro. A segunda parte foi praticamente de sentido único e podia ter trazido mais golos para os da casa: Thauvin esteve perto do bis em duas ocasiões e Morgan Guilavogui também falhou por pouco.
O Lille, que já tinha marcado cinco vezes nos descontos esta época, não conseguiu repetir a proeza perante a vantagem confortável do adversário, que controlou até final. A vitória deixa o Lens a apenas um ponto do Lille, que desperdiçou a oportunidade de assumir provisoriamente a liderança, embora com mais um jogo do que o PSG. Já a equipa de Bruno Génésio falhou a hipótese de somar quatro triunfos nas primeiras cinco jornadas da Ligue 1 pela primeira vez desde 1952/53, vendo também terminar a série de três vitórias consecutivas numa noite para esquecer.
