O Lyon, que recebe o Toulouse neste domingo no Estádio Groupama (14:00 de Lisboa), pela sétima jornada da Ligue 1, na qual é líder junto com o PSG, conta com o espírito do seu plantel para continuar a ser uma fortaleza defensiva.
Siga aqui as incidências da partida
Com apenas três golos sofridos, contra o Rennes (3-1) e com dez homens contra onze após a expulsão de Tyler Morton,o Lyon tem atualmente a melhor defesa da Ligue 1 à frente do PSG (4) e está no top 3 das melhores defesas das cinco principais ligas europeias.
Não é uma obsessão
Apesar de o Olympique Lyon estar há quatro jogos, incluindo na Liga Europa, sem sofrer qualquer golo, não está obcecado em manter a baliza intacta.
"Em algum momento, vamos sofrer um golo. O mais importante é a equipa. Podemos sofrer um, mas se a equipa continuar a defender bem e a jogar bem, não há problema", diz o treinador Paulo Fonseca.
"Já tive séries sem sofrer golos, mas penso que, em relação ao período de preparação, não sofrer golos é uma consequência do que temos vindo a trabalhar no verão", diz.

"Não há necessariamente um desafio. O mais importante é manter o ritmo, sem colocar uma pressão especial sobre nós mesmos para não sofrer um gol. Acima de tudo, é preciso se divertir", diz o defesa Clinton Mata.
Contratado como lateral-direito, passou a atuar no corredor central na última temporada e a parceria com Moussa Niakhaté mostra-se muito complementar.
"Jogamos juntos há quase dois anos. Há muita cumplicidade e comunicação entre nós. Isso está a tornar-se uma vantagem", admite o antigo jogador do Brugge.
Estabilidade defensiva
Embora o plantel tenha mudado muito esta época, com várias saídas ligadas, nomeadamente, à delicada situação financeira do clube, toda a linha defensiva se manteve estável.
Paulo Fonseca conta com Ainsley Maitland-Nile, Mata, Niakhaté e Nicolas Tagliafico na maior parte do tempo. O brasileiro Abner, que jogou na esquerda nos primeiros jogos antes de se lesionar, também fez bons progressos e é agora uma alternativa credível.
Atrás deles, o guardião eslovaco Dominik Greif (1,97m), que chegou em agosto do Maiorca para substituir o brasileiro Lucas Perri, transferido para o Leeds, foi fundamental para que o Lyon não sofresse golos nas últimas quatro partidas. Substituto até a partida contra o Rennes, no dia 14 de setembro, aproveitou a lesão no pulso de Rémy Descamps para assumir a posição de titular, que não pretende abandonar tão cedo.
Além disso, a equipa desta época é mais compacta e coesa, tanto em termos de recuperação de bola como de jogo ofensivo, do que nos anos anteriores, quando as linhas estavam mais afastadas e o esforço defensivo era desigual.
Assim, o trabalho de recuperação do meio-campo, com Tyler Morton e Tanner Tessmann em particular, combinado com o rápido recuo defensivo da equipa, proporciona uma proteção muito melhor aos quatro defesas.
"Também se deve ao nosso estado de espírito e à nossa positividade. Estamos confiantes na nossa forma de jogar e queremos manter esse ritmo", acrescentou Paulo Fonseca.
Depois de chegar ao Lyon no decorrer da última temporada, o técnico português pôde colocar em prática os seus princípios neste verão. "Tive tempo para trabalhar e fazer com que os jogadores entendessem o que eu queria. O mais importante é ver as minhas ideias aplicadas em campo. Penso que a equipa está a jogar hoje como eu quero que jogue", afirmou o treinador português, que agora vai tentar tornar a equipa mais eficaz no ataque.