Marselha 5-1 Montpellier
Depois do empate do Mónaco mais cedo, a equipa de Roberto De Zerbi sabia que uma vitória os colocaria no segundo lugar da tabela e os da casa mostraram intenções claras desde o apito inicial. Após uma fase de posse, um remate mal medido de Amine Gouiri acabou por cair nos pés de Mason Greenwood, que rematou de primeira ao ferro. No entanto, o ex-jogador do Manchester United não teve de esperar muito pela próxima oportunidade: Ulisses Garcia foi derrubado na área e Greenwood converteu com frieza o penálti, dando uma vantagem madrugadora aos Phocéens.
Apesar de estarem em vantagem, os anfitriões não conseguiram capitalizar o momento e tiveram dificuldades em ameaçar com um segundo golo na primeira parte. Ainda assim, limitaram o Montpellier a apenas um remate — fora do alvo — nos primeiros 45 minutos, com um xG de apenas 0.06. Adrien Rabiot teve uma oportunidade de cabeça, mas o remate foi facilmente controlado por Benjamin Lecomte num final de parte bastante tranquilo.
Ambas as equipas mantiveram as dificuldades no recomeço, com o Marselha a dominar a posse de bola mas a criar poucas oportunidades claras. Pierre-Emile Højbjerg ainda tentou a sorte com um cabeceamento em mergulho após um canto, mas a bola saiu desenquadrada. O domínio acabaria por dar frutos ao minuto 60: Quentin Merlin impôs-se nas alturas e cabeceou à trave, com a bola a bater sobre a linha de golo e Gouiri a empurrar para dentro na recarga.
Pouco depois chegou o terceiro, que praticamente resolveu o encontro. Michael Murillo cruzou para Greenwood na área, e o segundo melhor marcador da liga não perdoou — assinando o seu 18.º golo da temporada. Com a descida iminente, os jogadores do Montpellier já mostravam sinais de resignação, e a equipa de De Zerbi aproveitou para aumentar ainda mais a vantagem, com um golo de Jonathan Rowe, que desviou ao primeiro poste após cruzamento de Garcia.
Lucas Mincarelli ainda reduziu para os visitantes com um golo de consolação perto do fim, mas Adrien Rabiot repôs a vantagem de quatro golos ao minuto 90. A vitória reforça as aspirações do Marselha em garantir um lugar direto na Liga dos Campeões da próxima época, enquanto o Montpellier está condenado a descer à Ligue 2, terminando um ciclo de 16 anos consecutivos na elite do futebol francês.
Paris SG 2-1 Le Havre
Luis Enrique apresentou um onze com várias alterações em relação ao que defrontou o Aston Villa na terça-feira, mas isso pouco importa quando Désiré Doué é um dos que entra. O jovem de 19 anos mostrou porquê logo aos oito minutos, ao receber o passe de Bradley Barcola, mostrar rapidez de pés na área e finalizar com precisão para abrir o marcador. Os campeões controlaram a posse de bola, apesar da boa pressão do Le Havre em alguns momentos, e mais uma jogada brilhante de Doué levou a que Senny Mayulu rematasse, obrigando o guarda-redes a defender para canto.
Gonçalo Ramos também testou Mathieu Gorgelin a partir de um ângulo apertado, antes de Ibrahim Mbaye intercetar um passe displicente de Abdoulaye Touré junto à área do Le Havre, mas o seu remate fraco foi facilmente defendido.
Gorgelin voltou a negar Doué e Gonçalo Ramos em rápida sucessão, além de impedir outro remate de Doué e ainda um de Barcola, mantendo a desvantagem mínima para o intervalo.
No entanto, cinco minutos após o reinício, nem o guarda-redes nem os seus colegas conseguiram travar o PSG. Uma bela combinação dos parisienses terminou com Mayulu a levantar a bola para Gonçalo Ramos, que finalizou com classe.
Touré respondeu com um remate desenquadrado que passou por cima da baliza, mas o Le Havre ainda reduziu a desvantagem à hora de jogo, quando Ahmed Hassan devolveu de cabeça um canto para Issa Soumaré marcar também de cabeça. Os visitantes animaram-se com o golo, mas Junior Mwanga rematou ao lado e o cabeceamento de Rassoul Ndiaye passou muito perto do ângulo superior.
Com o bónus adicional de Presnel Kimpembe a somar os seus primeiros minutos no Parc des Princes desde fevereiro, o PSG acabou por fazer o suficiente para garantir os três pontos, ultrapassando assim o total da época passada, e mantendo viva a esperança de se tornarem a primeira equipa de sempre a terminar uma temporada da Ligue 1 invicta. Já o Le Havre tem como objetivo mais modesto a permanência e vai observar com nervosismo os jogos de domingo das equipas que estão à sua volta, enquanto permanece na posição de play-off de despromoção.
