Se faltassem apenas alguns segundos, o Metz não teria sofrido um segundo penálti nos descontos e teria regressado de Brest com um ponto. Um ponto de enorme importância, pois permitiria sair da zona de despromoção e subir ao 14.º lugar.
Ainda assim, o momento é positivo para os Grenás, que desbloquearam o registo de vitórias frente ao Lens, seguindo-se triunfos diante do Nantes, um adversário direto, e do Nice. Esta série relançou por completo uma equipa que até então somava apenas dois pontos e nenhuma vitória.
O regresso de Habib Diallo foi, naturalmente, determinante nesta recuperação. Depois de ter passado pela Lorena entre 2013 e 2018, com empréstimos ao Brest pelo meio, o senegalês marcou frente ao Nantes e ao Nice, e a sua ausência por lesão (músculo posterior da coxa) contra o Brest fez-se sentir no resultado final.
Após um mês de outubro desastroso, marcado por três pesadas derrotas frente ao Marselha (0-3), Toulouse (4-0) e Lille (6-1), o futuro de Stéphane Le Mignan parecia incerto. No entanto, o presidente Bernard Serin não optou pela solução mais fácil. E a decisão revelou-se acertada. A ineficácia ofensiva deu lugar a uma dinâmica positiva, com uma média de dois golos por jogo nas últimas quatro jornadas.

Mas quanto tempo durará esta fase? Para além do valor dos próximos adversários até ao final do ano (Rennes esta sexta-feira, Auxerre e PSG), o Metz terá de jogar sem Diallo e sem Cheikh Sabaly, que deverão participar na CAN ao serviço do Senegal. E como os Leões da Teranga pretendem prolongar a sua estadia em Marrocos, a ausência poderá estender-se até ao dérbi frente ao Estrasburgo, a 18 de janeiro, data da final. O jogo de regresso, a 4 de janeiro, frente ao Lorient, que é crucial, também deverá ser disputado sem eles, salvo uma enorme surpresa.
Se os encontros com Rennes, PSG e Estrasburgo se adivinham complicados, os duelos frente ao Auxerre e ao Lorient terão um peso decisivo na luta pela manutenção, podendo o Metz jogar aí uma parte importante da sua época. Conseguirá fazê-lo com o ataque desfalcado? É essa a grande questão.
