Vários clubes tentam pôr fim ao domínio absoluto do PSG em França; o mais recente é o Racing Club Estrasburgo, que tem sonhos de grandeza impulsionados pelos golos do avançado argentino Joaquín Panichelli.
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Na temporada passada, o Racing (como é conhecido popularmente em França) surpreendeu até os próprios adeptos ao lutar boa parte do campeonato para entrar nos lugares da Champions, antes de baixar o ritmo na reta final e terminar na 7.ª posição, apurando-se para a Liga Conferência.
Impulsionado pelo músculo financeiro da BlueCo, o consórcio empresarial presidido pelo magnata americano Todd Boehly, presidente do Chelsea, que também comprou o Estrasburgo em 2023, o clube francês ambiciona um papel de destaque no futebol gaulês.
Para isso, o Estrasburgo gastou mais do que qualquer outro clube da Ligue 1 na última janela de transferências: 120 milhões de euros. Mais até do que o PSG, que gastou 100 milhões.
Mas se o campeão investiu esse dinheiro em apenas dois jogadores (o guarda-redes Lucas Chevalier e o defesa-central ucraniano Illia Zabarnyi), o Estrasburgo mudou meio plantel. Saíram jogadores fundamentais da época passada como Habib Diarra (para o Sunderland) e Dilane Bakwa (para o Nottingham Forest) por cerca de 72 milhões de euros, mais outros 14 milhões pela venda do jovem defesa-central Mamadou Sarr ao Chelsea, que o cedeu por mais uma temporada ao clube alsaciano.
Mesmo proprietário que o Chelsea
Esse dinheiro serviu para reforçar o plantel à disposição do treinador inglês Liam Rosenior com mais de uma dezena de jogadores novos, todos com menos de 23 anos, exceto o lateral-esquerdo internacional Ben Chilwell, cedido pelo Chelsea.
Entre essas contratações estão várias promessas do futebol sul-americano, como o equatoriano Kendry Páez, o paraguaio Julio Enciso e os argentinos Valentín Barco e Joaquín Panichelli.
De todos, está a destacar-se neste início de temporada o goleador formado no River Plate, que no ano passado deu nas vistas pelo modesto Mirandés, com o qual esteve perto de subir à LaLiga após marcar 21 golos. Panichelli já marcou três golos que catapultaram o Racing para o grupo que lidera a Ligue 1 com 12 pontos (junto com Mónaco, PSG e Lyon), três a mais do que o Marselha, com quem joga esta sexta-feira o primeiro jogo da 6.ª jornada.
O bom momento do Estrasburgo, cujo único título de Liga foi em 1979, contrasta com os protestos de parte dos seus adeptos contra o modelo de multipropriedade. Em cada jogo, optam por não apoiar durante o primeiro quarto de hora.