Marselha 6-2 Le Havre
O Marselha entrou a todo o gás nos minutos iniciais, com Mason Greenwood e Benjamin Pavard a combinarem muito bem. Os visitantes limitavam-se a lançar bolas longas para o ataque, embora Jeffrey de Lange mostrou atenção após um erro de Greenwood. O Le Havre esteve sob pressão praticamente durante todo o primeiro quarto de hora, com os anfitriões a atacarem de todos os lados.
A frustração dos anfitriões era evidente e aumentou ainda mais quando os visitantes se adiantaram no marcador de forma inesperada, graças a uma excelente jogada individual e um remate colocado de Yassine Kechta. À meia hora de jogo, o OM recebeu uma oportunidade de ouro, quando a pressão de Pierre-Emerick Aubameyang levou Gautier Lloris a tocar a bola com a mão mesmo junto à grande área. O cartão amarelo inicial foi convertido em vermelho após intervenção do VAR, e Greenwood converteu com tranquilidade o respetivo penálti, restabelecendo a igualdade para o Marselha.
Com vantagem numérica, os anfitriões passaram a dominar quase por completo a posse de bola. A pressão do Marselha foi constante após o intervalo, mas ao chegar à hora de jogo, ainda não tinham conseguido ultrapassar a defesa determinada do Le Havre.
Uma série de substituições em ambas as equipas procurava mudar o rumo do jogo, e mal Robinio Vaz entrou, fez parte de uma jogada rápida que terminou com o remate de Greenwood, dando finalmente o segundo golo ao Marselha.
Nesta fase, a defesa do Le Havre estava completamente desorganizada e, poucos minutos depois, Greenwood tirou um defesa da frente e rematou para o seu terceiro golo, antes de, de forma impressionante, assinar o quarto da conta pessoal e do Marselha, com um remate de pé direito a 15 minutos do fim. O inglês tornou-se o primeiro jogador da equipa a marcar quatro golos numa partida da Ligue 1 desde 1991.
Vaz fez o quinto ao empurrar para a baliza a curta distância, e embora parecesse que o último momento pertenceria aos visitantes, com Doucouré a marcar o melhor golo da noite num potente vólei de fora da área já em tempo de compensação, o Marselha respondeu de imediato, com Amir Murillo a cabecear para o sexto golo da equipa.
Nice 3-2 Lyon
O Nice entrou no encontro com ambição e determinado desde o apito inicial. Com bola, a estratégia passava por explorar a transição rápida, com velocidade e objetividade e o plano resultou cedo. Diop apareceu em profundidade pela direita e cruzou rasteiro, de primeira, para Bard, que rematou de pé esquerdo à entrada da área (5'). Greif nada pôde fazer perante um golo de belo efeito.
O Lyon, contudo, não se deixou intimidar e tentou reagir com posse e construção. Tolisso criou a primeira situação de perigo, mas o seu remate, da marca de grande penalidade, foi bloqueado (7'). Satriano atirou por cima (19') e, pouco depois, o capitão gone obrigou Diouf a intervir (29'). No canto seguinte, o Nice cedeu: Kluivert cruzou ao primeiro poste e Sulc, ao segundo, impôs-se nas alturas e cabeceou para o empate (30').
A resposta do Nice foi imediata. Pela direita, Clauss cruzou para Cho, que cabeceou ao poste mais distante. A bola percorreu a pequena área e sobrou para Sofiane Diop, que só teve de empurrar para o fundo das redes (34'). Os visitados voltavam a comandar o marcador, com uma estratégia claramente eficaz.
Sem razões para mudar no segundo tempo, o Nice manteve o seu plano. O Lyon, por seu lado, regressou do intervalo determinado a reagir e dispôs de uma grande penalidade aos 51 minutos, após mão de Vanhoutte num remate de Abner. Maitland-Niles assumiu a cobrança, mas o remate rasteiro e pouco colocado foi defendido por Yehvann Diouf (54').
O erro custou caro. No contra-ataque seguinte, o Nice matou o jogo: Boudaoui apareceu solto à entrada da área e rematou colocado ao canto inferior direito de Greif (55'), assinando o 3-1.
Nos minutos finais, o Lyon ainda reduziu por intermédio de Sulc, novamente de cabeça (90+5'), mas já era tarde demais. O Nice segurou a vantagem e somou uma vitória moralizadora - a terceira da temporada -, importante tanto pelo resultado como pelo adversário derrotado.
Para o Lyon, ficou o amargo de mais uma boa exibição sem eficácia. A equipa de Paulo Fonseca, que podia ter subido provisoriamente ao primeiro lugar, cai para a quarta posição e soma a segunda derrota consecutiva. O próximo desafio será na Liga Europa, diante do Basileia, na quinta-feira.