"Ter um centro de formação de excelência como este, para ajudar a formar, é um grande orgulho do PSG. É um modelo a longo prazo. A primeira vez que o presidente me convidou, mostrou-me o centro de treinos para perceber como os profissionais podem ter boas condições, mas também para descer as escadas e entender como o clube se prepara, ter jogadores da região parisiense, para garantir atletas de alto nível. É um trabalho enorme por parte de Nasser Al-Khelaifi", começou por dizer ao lado de Yohan Cabaye, antigo jogador e atual diretor do centro de formação.
O objetivo vai além de simplesmente formar jovens jogadores, já que o Paris Saint-Germain pretende integrá-los plenamente a longo prazo. A ideia é que estejam na base do sucesso parisiense.
"Tenho a sorte de ter chegado aqui num bom momento, de poder aproveitar tanto os profissionais como os jovens, de contar com cada vez mais jogadores formados em casa. Com o tempo, será possível ter uma equipa sem recorrer ao mercado de transferências, sem gastar grandes quantias, e ter uma equipa parisiense e francesa", afirmou.
Uma estratégia bem definida
A direção parisiense quis implementar uma linha orientadora clara. O objetivo é garantir que as equipas do centro de formação estejam habituadas aos princípios de jogo da equipa principal e, por isso, do treinador Luis Enrique.
"Tentamos criar ideias e mecanismos para facilitar a missão quando os jovens sobem aos profissionais. Por isso, todos os treinadores do centro partilharam duas horas de reunião com o Luis Enrique e falam sobre os princípios de jogo do espanhol", confidenciou Luis Campos.
Por fim, abordou três "velocidades" que permitem ter sucesso na equipa principal do Paris Saint-Germain.
"Depois, se os jogadores têm talento, há três velocidades que vão determinar o seu sucesso: a velocidade de maturação – nem todos amadurecem ao mesmo ritmo. Depois, a velocidade de adaptação: mais rápida ou mais lenta, ao que os profissionais exigem, ao que o treinador pede, e ao que o clube espera. Fazer jogar um jovem não é uma recompensa, é porque ele pode corresponder às exigências. E a última velocidade é a da vida, a oportunidade de poder jogar neste clube. Alguns amadurecem e adaptam-se mais depressa. Uma das nossas preocupações, quando construímos o plantel em cada época, não é ter dois jogadores por posição. O nosso objetivo é ter 14-15 jogadores com capacidade para jogar no PSG, esses 14-15 devem ser capazes de atuar em várias posições. E isso permite-nos ter 6-7 jogadores do centro todas as semanas. Mantemos sempre esse espaço reservado para os jovens", indicou.
Um ambiente excecional
"Ter as equipas reunidas permite trocas mais fáceis. Trabalhar em conjunto é importante para desenvolver um projeto de médio-longo prazo. As condições são extraordinárias. Fico impressionado quando subo as escadas e vejo o nome dos jogadores que passaram por este centro. E imagino a mensagem que isso pode transmitir aos jovens que aqui estão. Estar mais próximo é também algo que o treinador pede. Somos um só clube, um clube que quer fazer bem, ser cada vez mais relevante a nível mundial. E esta política de partilha torna-nos mais fortes. E permite-nos estar mais próximos de alcançar os objetivos globais que a direção nos exige", declarou Luis Campos sobre as infraestruturas disponíveis para o sucesso.