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Lyon está a estudar “vias de recurso” da suspensão de Paulo Fonseca

Paulo Fonseca, treinador português do Lyon
Paulo Fonseca, treinador português do LyonLucian Alecu / Shutterstock Editorial / Profimedia
O Lyon anunciou esta quarta-feira estar a estudar “todas as vias de recurso possíveis” da suspensão de nove meses aplicada ao treinador Paulo Fonseca, por intimidar um árbitro num jogo da Liga francesa de futebol.

O Olympique Lyonnais tomou nota da extrema severidade da sanção sem precedentes e invulgarmente rápida aplicada pelo Comité Disciplinar a Paulo Fonseca. O clube lamenta que o seu treinador não tenha sido julgado apenas pelos seus atos, uma reação emocional sem intenção clara de agredir fisicamente o árbitro”, pode ler-se na nota.

Tendo isto em conta, e por considerar que a sanção “parece ter sido ditada pelo contexto deletério que afeta a arbitragem francesa”, o clube “está a estudar todas as vias de recurso possíveis”.

“Mais do que nunca, o clube está unido e concentrado nos seus objetivos desportivos”, notam.

O treinador português Paulo Fonseca, do Lyon, foi hoje suspenso até 30 de novembro por intimidar o árbitro do Lyon-Brest (2-1), anunciou hoje o presidente do Comité Disciplinar da Liga francesa de futebol.

A suspensão do técnico luso, de 51 anos, significa ainda que não poderá entrar no balneário da equipa que lidera até 15 de setembro, antes, durante e depois dos jogos, após “se atirar ao árbitro” Benoit Millot, encostando-lhe a cabeça, no jogo de domingo.

O Comité deplora que, mais uma vez, uma personalidade da Ligue 1 tenha adotado este comportamento. Fonseca é um treinador deste campeonato, acima de tudo um educador, e nem é preciso dizer que esta atitude é estritamente incompatível com os seus deveres”, declarou o presidente do Comité Disciplinar, Sébastien Deneux.

O Lyon, que joga na quinta-feira com o Steaua nos oitavos de final da Liga Europa, à qual a decisão não se aplica, fica assim sem o treinador que contratou em 31 de janeiro, tendo Fonseca vencido três jogos em cinco partidas disputadas, após começar a época no AC Milan, tendo sido substituído por Sérgio Conceição.

Esta decisão, de resto, segue-se a uma suspensão de 15 jogos aplicada ao presidente do Marselha, Pablo Longoria, que acusou os árbitros de “corrupção”, após uma derrota em Auxerre (3-0).

No dia do incidente, Paulo Fonseca pediu desculpas pelo gesto, admitindo que errou, e o próprio clube anunciou que iria sancionar o técnico internamente.

A vitória de domingo em casa com o Brest deixou os ‘gones’ no sexto lugar, com 39 pontos, a quatro dos postos de acesso à Liga dos Campeões.