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Talvez seja o melhor investimento de 13 milhões de euros da janela de transferências de inverno. O dinamarquês de 21 anos chegou no anonimato no dia 11 de janeiro e, depois de fazer uma assistência na sua primeira partida contra o Reims, já se tornou um dos favoritos do adeptos do Monaco. Desde a saída de Wissam Ben Yedder, no verão passado, o Monaco tem procurado em vão por um goleador, e a resposta não é Folarin Balogun, que está lesionado até o final da temporada, nem Breel Embolo, que não tem o toque final, nem George Ilenikhena, que ainda está verde.
E ainda bem que assim é, pois Mika Biereth anunciou durante a sua apresentação no Mónaco que "só lhe interessa marcar golos". O jovem de cabelos loiros, que marcou 11 golos em 16 jogos do campeonato pelo Sturm Graz esta época, descreve-se como um avançado "à moda antiga": "Gosto de marcar golos e de encontrar a posição certa para ser decisivo. Mesmo que não se veja nenhum golo incrível nos meus melhores momentos no YouTube. Um golo é um golo, isso é o mais importante".
O herdeiro dos grandes goleadores do Mónaco
A prova está no seu primeiro golo pelo Monaco, quando marcou na vitória por 2-1 sobre o Rennes com um simples e poderoso remato de pé direito, que descreveu depois como "nem o melhor nem o mais bonito" golo da sua carreira: "mas eu realmente não me importo como é que a bola entra". Contra o AJ Auxerre, no jogo seguinte, Biereth entrou mesmo para a história do clube ao marcar um hat-trick em apenas 8 minutos, com três remates à baliza: "A minha função é marcar golos. É um bom dia de trabalho. Os meus companheiros colocaram-me sempre na posição ideal e só tive de empurrar a bola para a baliza".
O jogador, que se autodenomina "raposa de área", é obviamente um grande fã de Erling Haaland, que cita como o seu modelo, ao lado de Didier Drogba, e cuja intensidade física elogia. Na verdade, foi por isso que o AS Monaco o contratou, na esperança de formar o seu habitual 4-4-2 ofensivo com Embolo. O suíço, que entrou no intervalo da partida contra o Auxerre, teve tempo de fazer duas assistências para o dinamarquês em 45 minutos, o que levou Adi Hütter a dizer, com razão, que os dois homens "se complementam".
Já marcou um golo contra o Mónaco
O novo queridinho do Stade Louis-II também tem algo em comum com o técnico austríaco: também fala alemão. E isso não se deve apenas ao ano e meio que passou no Sturm Graz, durante o qual conquistou a histórica dobradinha campeonato e taça. O avançado, que completa 22 anos no dia 8 de fevereiro, nasceu em Londres em fevereiro de 2003, filho de pai germano-dinamarquês e mãe bósnia, e por isso fala três idiomas: inglês, alemão e dinamarquês. Admite que o bósnio é demasiado complicado de aprender.
Um poliglota, mas também um viajante do mundo. Inicialmente formado no Fulham, nos subúrbios de Londres, ingressou na academia do Arsenal em 2021, onde conheceu o seu atual companheiro de equipa Falorin Balogun, com quem fez 13 jogos. De seguida, foi emprestado ao RKC Waalwijk, dos Países Baixos, para a temporada 2022/23. Na época seguinte, voltou a jogar no Motherwell, da Escócia, antes de partir para a Áustria com o Sturm Graz e assinar definitivamente no verão passado. Em 2024, Mika Biereth marcou 23 golos em 47 jogos, números comparáveis aos dos 20 melhores avançados do top 5 da Europa. Para que conste, até marcou contra o Mónaco num amigável no verão passado.
O colosso de 1,88 m parece já ser um elemento permanente no AS Monaco e Adi Hütter disse numa conferência de imprensa que ainda não tinha decidido se Ilenikhena ou Embolo iriam alinhar ao seu lado contra o PSG. Biereth, que costuma ser decisivo em confrontos, marcou três golos pelo Sturm Graz contra o Redbull Salzburgo em outubro passado e espera repetir o feito contra os parisienses: "É o meu primeiro hat-trick na França e espero que não seja o último!"