Adi Hütter substituiu Philippe Clement no banco, e Thiago Scuro substituiu Paul Mitchell como diretor desportivo: o Mónaco está a embarcar numa renovação no comando para esquecer uma campanha caótica de 2022/2023, em que terminou no 6.º lugar.
Com 4 derrotas nos últimos 7 jogos da Ligue 1, o sexto lugar no campeonato era tudo o que se podia esperar. Hütter, que tem uma reputação lisonjeira na Alemanha, deve restaurar a ordem no Rochedo e colocar o Mónaco de novo no mapa do futebol francês. Entre uma eliminação precoce na 3ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões contra o PSV e um tropeção contra o Rodez na Taça de França, no Louis II, foram demasiadas as desilusões.
A tarefa agora é restaurar a reputação do Mónaco e competir pelos lugares europeus.
Wissam Ben Yedder (19 golos e 6 assistências) e Breel Embolo (12 golos e 2 assistências) fizeram o seu trabalho, apesar de Clemente não os querer em campo juntos, por razões tácticas. Eliesse Ben Seghir foi uma das grandes revelações e trouxe a alegria necessária à equipa.
Verão turbulento e com poucas alegrias
Este trio deveria ter sido reunido para a temporada 2023/2024. Porém, Ben Yedder é alvo de uma queixa por abuso sexual e Embolo rompeu os ligamentos cruzados durante um treino, menos de uma semana antes da 1.ª jornada.
Em termos de saídas, Axel Disasi juntou-se ao Chelsea e Benoît Badiashile foi para os Blues, em janeiro, por 45 milhões de euros. Quanto aos recém-chegados, Philipp Köhn chegou do RB Salzburgo para substituirAlexander Nübel, que não fará falta, uma vez que era o representante da fragilidade do Mónaco. Mohammed Salisu chegou do Valladolid e do Southampton para reforçar o centro da defesa.
A pré-época do Monaco tem sido pouco consistente. Começou com um empate (1-1) com o Union Saint-Gilloise, seguido de uma pesada derrota por 0-3 com o Cercle Brugge, antes de três vitórias consecutivas contra Betis (3-1), Leeds (2-0) e Bolonha (3-2). O final foi menos conseguido, com uma derrota com o Génova (0-1), um empate com o Arsenal (1-1, 4-5 nos penáltis) na Emirates Cup e uma derrota com o Bayern (2-4).
Numa altura em que a concorrência nunca foi tão forte, numa liga homogénea, o Mónaco não se pode dar ao luxo de desiludir em dois anos consecutivos. É uma questão de respeitar a sua posição, mesmo que a tarefa pareça particularmente difícil.