É evidente que esta não está ser uma época igual. Thijs Dallinga, um jovem talento fantástico, teve uma temporada muito boa no ano passado (18 golos em todas as competições) e foi um dos melhores marcadores da Ligue 1. No entanto, após 14 jogos esta época, marcou apenas 5 golos no campeonato. Isto deve-se às mudanças na equipa e à sua dificuldade em criar oportunidades ou em passar-lhe a bola.

O Dallinga de 2022/2023 ainda está muito longe. Embora a sua capacidade de rematar à baliza ainda não tenha desaparecido, os adversários antecipam os movimentos. Pior ainda, nem sempre consegue colocar o pé na bola, já que o Toulouse pouco se aproxima da baliza adversária.

O neerlandês é forçado a recuar para criar os seus próprios ataques e também depende do seu cabeceamento em situações normais para marcar. Isso valeu a pena, por exemplo, contra o Lorient (1-1) no fim de semana passado. No entanto, o avanaçado parece estar sobrecarregado pela situação do seu clube.

É preciso dizer que, como todos os seus companheiros de equipa, teve de se reinventar e encontrar o seu lugar numa equipa que mudou completamente. Além disso, teve de aprender a jogar com um novo treinador, Carles Martínez. Nem sempre foi fácil, mesmo após 14 jogos, durante os quais o avançado foi por vezes deixado no banco - sem qualquer explicação, como revelou a 3 de dezembro.

Tudo isto não favorece a sua evolução, apesar de se ter tornado o rosto da equipa e o seu líder.

A equipa ao colo

"Tento dar um bom exemplo aos rapazes para que eles se sintam em casa, como outros fizeram antes de mim. É muito importante ter um bom estado de espírito e transmitir boas vibrações, e estou fazendo isso um pouco mais hoje", disse ele ao L'Equipe em meados de novembro: "É claro que o meu estatuto mudou um pouco desde a época passada, mas tento apenas manter-me em mim e ajudar toda a gente."

E ele ajuda. E não apenas um pouco. O neerlandês é o único goleador do Toulouse nos últimos quatro jogos do campeonato e marcou dois golos importantes contra o Liverpool na Liga Europa. Apesar disso, o clube ocupa o 15.º lugar na Ligue 1 e está a lutar para recuperar. Por isso, não seria de estranhar que o líder do ataque partisse para outras paragens este verão - ou mesmo já este inverno.

Com um rival direto como adversário no domingo (Lyon), ele ainda não brilhou. Sua última aparição na comunicação social não foi bem recebida internamente, mas deixar um talento como ele no banco não seria benéfico para o Toulouse. Uma coisa é certa: uma vez em campo, ele fará de tudo para ajudar a equipa a marcar golos.