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Sindicato dos jogadores considera "inadmissível" que recurso de Mbappé não seja apreciado pela Liga

Mbappé na cerimónia de entrega dos troféus da UNFP
Mbappé na cerimónia de entrega dos troféus da UNFPFRANCK FIFE/AFP

A Union des footballeurs français (UNFP) considera "inadmissível" que a Liga Francesa (LFP) não considere o recurso de Kylian Mbappé no seu litígio financeiro com o Paris Saint-Germain, perante os seus próprios órgãos, acusando o clube de ter feito esta manobra.

A UNFP "pede expressamente à Liga que faça respeitar os seus próprios regulamentos e as decisões dos seus comités", segundo um comunicado publicado esta quinta-feira.

Depois de o PSG ter levado a LFP a tribunal, neste caso o tribunal judicial de Paris, o comité disciplinar decidiu que não podia continuar a tratar do recurso apresentado por Mbappé. Na quarta-feira, concluiu que o recurso apresentado pelo jogador, que exige que o PSG lhe pague 55 milhões de euros em salários e bónus, era "inadmissível".

"Não é a primeira vez, e infelizmente não será a última, que um clube recorre a todos os recursos possíveis previstos nos regulamentos", acrescentou a UNFP.

Com a decisão da Liga, o PSG garante que o litígio que o opõe ao seu antigo craque será julgado por um tribunal como, explica o clube, "o tribunal des Prud'hommes", que era o que pretendia.

O litígio tem origem no estatuto de um acordo alcançado em agosto de 2023 entre o avançado e a direção do clube parisiense. Na altura, o capitão dos Bleus foi excluído do plantel por se ter recusado a prolongar o seu contrato com o PSG. Esta extensão teria garantido ao clube uma taxa de transferência, apesar de Mbappé ter acabado por assinar uma transferência gratuita com o Real Madrid este verão.

No acordo, o jogador comprometeu-se a renunciar a 55 milhões de euros em vários bónus, caso saísse a título gratuito no final da época. É a validade deste acordo, de que o próprio jogador falou publicamente perante os jornalistas em janeiro, que está a ser contestada pela equipa do craque francês.