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O feito pode ser alcançado já no domingo, caso o Sporting B não vença o duelo com o Varzim, mas os cerca de 4.500 adeptos presentes no Estádio do Lusitânia de Lourosa aproveitaram o final do jogo com o 1º Dezembro para celebrarem com euforia a subida de divisão ao lado dos jogadores.
Num clima de festa, o presidente do clube, Hugo Mendes, lembrou as dificuldades do Lusitânia de Lourosa para chegar à Liga 2, “num dia que marca a história do clube, porque está pela primeira vez na competição”.
“Estou aqui há oito anos e foi desafiante chegar a um clube que estava nas competições distritais. Percorremos caminhos difíceis, mas, com uma equipa guerreira e adeptos apaixonados, fizemos o nosso percurso com todo mérito”, afirmou o dirigente.
Hugo Mendes considera que “a subida é, sobretudo, fruto da paixão vivida pelos adeptos neste estádio e em todos os outros em que marcam presença”, assumindo que o clube quer terminar a época com um título.
“Temos muito para viver e festejar, mas agora queremos ser campeões da Liga 3. Está tudo encaminhado para que isso possa acontecer, mesmo sabendo que este campeonato é muito competitivo”, disse.
O presidente do Lusitânia de Lourosa recordou ainda que “há outro objetivo para alcançar antes do início da próxima época”.
“Temos de realizar melhorias obrigatórias no nosso estádio e tudo faremos para que essas obras estejam concluídas antes do início da Liga 2 (2025/2026), uma competição onde nos queremos afirmar e estar durante muitos anos”, frisou.
Para o treinador Pedro Miguel, que chegou ao Lusitânia de Lourosa à quarta jornada da primeira fase da competição, “a motivação que a equipa ganhou até ao início da fase de apuramento de campeão deu um embalo importante ao Lourosa”.
“O facto de termos terminado a primeira fase com seis vitórias deu-nos ainda mais motivação e os jogadores começaram a acreditar que era possível alcançar a subida à Liga 2. Parabéns a todos os jogadores, ao presidente e a todo o staff do clube. Todos eles merecem este momento de alegria, porque já passaram por alguns momentos de desilusão”, sublinhou.
O técnico destaca a capacidade de resposta da sua equipa no jogo decisivo com o 1.º Dezembro, mesmo depois de ter entrado praticamente a vencer e de ter sofrido o golo do empate pouco tempo depois.
“A equipa sentiu alguma ansiedade pela responsabilidade do jogo. Disse aos jogadores que não tínhamos de defender o resultado que conseguimos na primeira parte e que devíamos procurar fazer mais um golo. Apesar de termos apenas uma vantagem pela margem mínima, soubemos gerir o jogo no segundo tempo”, lembrou.
O capitão do Lusitânia de Lourosa, Marcos Valente, também destacou a atitude competitiva da equipa, ao longo do campeonato e, em particular, no jogo com o 1.º Dezembro, em que se “agarrou com tudo à vitória, que conquistou logo na primeira parte”.
“Sentimos muita felicidade porque tivemos um início de época difícil. Toda a equipa está de parabéns, bem como os adeptos, que foram incansáveis. Os jogadores e os dirigentes passam, mas os adeptos estão sempre. Eles são o coração do Lourosa e os que mais sentem o clube. Julgo que temos passado esse sentimento para dentro do campo e isso ajudou-nos a alcançar a subida”, explicou.
O triunfo por 2-1 sobre o 1º Dezembro confirmou a subida do Lusitânia de Lourosa à Liga 2, uma competição que se realiza desde a época de 1990/1991 e na qual o clube se vai estrear na próxima temporada.
A formação de Lourosa esteve pela última vez no segundo escalão em 1987/1988, época em que ficou no 17.º lugar da Zona Norte da II Divisão, então dividida em três séries.