Acompanhe o Varzim-SC Braga B no Flashscore
A diminuição do número de equipas participantes (de 24 para 20) é uma das principais novidades da prova que serve de trampolim para o profissionalismo em Portugal. Os 20 candidatos lutam por duas vagas que dão acesso à subida direta e há ainda uma terceira que pode colocar mais uma equipa da Liga 3 na Liga 2, através de um play-off contra o antepenúltimo classificado da segunda divisão.
Divididos em duas séries de 10 equipas, os clubes da Liga 3 disputam uma 1.ª fase a duas voltas da qual se apuram os quatro primeiros classificados do norte (série A) e do sul (série B) para disputarem o acesso à Liga 2 através de um minicampeonato a oito (também a duas voltas), enquanto os restantes 12 lutam pela manutenção distribuídos em duas séries, contando com bonificações pontuais pela classificação alcançada ao longo da 1.ª fase.
Feito um breve resumo dos moldes da competição, a bola começa a rolar de forma oficial já nesta segunda-feira, às 20:15, com a realização do encontro entre o histórico Varzim e o SC Braga B, jogo de abertura da 1.ª jornada da Série A.
No dia seguinte realizam-se os restantes embates da ronda inaugural, todos às 18 horas, exceção feita para o duelo entre a equipa B do Sporting e o Amora, marcado para dia 9 de agosto, às 18:00.
O objetivo é só um: seguir o exemplo de UD Leiria, Belenenses e Länk Vilaverdense, equipas que alcançaram a subida de divisão em 2022/23.
Os principais candidatos a Norte
As duas primeiras edições da Liga 3 mostraram que nem sempre a prática faz jus à teoria. Um pouco à semelhança do que acontece noutras competições, há sempre clubes que se assumem mais candidatos do que outros à priori, seja pelos nomes sonantes que conseguem recrutar para a nova época ou simplesmente pela história associada aos próprios emblemas. No entanto, o futebol é pródigo em surpresas como foi possível verificarmos em 2022/23, quando um forte candidato à subida (o Vitória da cidade de Setúbal) acabou mesmo por descer de divisão e outro (Varzim) esteve à beira da queda ao quarto escalão.
Para 2023/24, não será diferente. A Norte, o Varzim assume-se como um dos principais candidatos (se não o mais forte) à subida de divisão. Depois da tempestade em 2022/23, a equipa liderada por Vítor Paneira promete ser um caso sério na Liga 3. Os varzinistas conseguiram segurar as principais peças (Paulo Moreira, Léo Teixeira e Rui Areias) e acrescentaram a experiência de Vasco Braga (ex-Penafiel), Vasco Rocha (ex-Trofense) e João Vieira (ex-Torreense), que pode ser determinante ao longo da época.
Além disso ainda foram contratar duas das principais figuras do Amora (Joca e Nuno Pereira) e o possante avançado Mustapha Sangaré, que há duas temporadas jogava na segunda liga francesa.
Ainda a Norte, o Trofense, de Rui Sacramento, com as entradas de Diogo Viana (ex-Farense) e Nuno Valente (ex-UD Oliveirense) promete ir à luta para recuperar um lugar que perdeu na reta final da temporada passada, e não podemos esquecer o sempre candidato Felgueiras, muito bem liderado por Agostinho Bento, o Lusitânia de Lourosa, que conta com um investimento muito interessante para esta divisão, e ainda o recém-promovido Vianense, liderado por António Oliveira, um ex-jogador que começa a dar os primeiros passos como jogador e que apresenta uma proposta de jogo refrescante.
Num pólo oposto, a AD Sanjoanense atrasou-se muito na preparação da nova época, devido a algumas divergências entre SAD e clube, e a construção do plantel que irá ser liderado por Pedro Oliveira, coadjuvado por Carlos Secretário, tem sido feita a conta-gotas. Há curiosidade para perceber como é que o clube de São João da Madeira pode contrariar todas estas dificuldades em campo.
Os principais candidatos a Sul
Depois de falhar a subida na temporada passada, o histórico Alverca foi buscar o treinador João Pereira ao Amora e apresenta-se, mais uma vez, como um dos mais fortes candidatos à promoção na zona Sul, numa série que o ano passado conduziu UD Leiria e Belenenses até à Segunda Liga.
O ataque ao mercado alternou entre a contratação de jogadores com experiência em escalões superiores (Vítor Bruno, Rui Silva e Hachadi) e a aposta em valores seguros e conhecedores da realidade neste escalão - Rui Batalha (ex-Oliveira do Hospital) e João Costa (ex-Belenenses) prometem agitar um ataque que já contava com a irreverência e qualidade de Ricardo Rodrigues.
Os ribatejanos, ainda assim, não estão sozinhos nesta luta. O recém-chegado Atlético, que vem de duas subidas consecutivas, perdeu a sua enorme referência Lénio Neves para o Länk Vilaverdense, mas aproveitou muito bem o mercado para convencer vários jogadores de renome nos escalões secundários a integrarem o projeto. Pode ser, novamente, uma agradável surpresa em 23/24.
O projeto sustentável do Amora e a história da Académica de Coimbra também entram nestas contas de uma série que se prevê muito competitiva e onde um passo em falso pode ser determinante para o desfecho em maio do próximo ano. Não esquecer ainda a equipa B do Sporting, sempre recheada de muitos e bons talentos, capaz, caso seja essa a vontade, de assumir posição forte na luta pela promoção.
Alguns nomes a seguir
Ano após anos, vários jogadores aproveitam a montra da Liga 3 (e do Campeonato de Portugal) para conseguirem dar o salto que tanto anseiam nas respetivas carreiras desportivas. Amir, João Costinha, João Amaral, Jota Silva, Eustáquio e Beto são apenas alguns dos exemplos mais recentes da vasta lista de atletas que passaram pelo terceiro escalão e atingiram a Liga Portugal.
Já Clé (Belenenses), Van der Gaag (UD Leiria), Jair (UD Leiria) e Cipenga (Länk) destacaram-se na competição em 2022/23 e, agora, o Flashscore enumera 10 nomes que podem dar nas vistas em 2023/24:
Paulo Moreira (Varzim), João Vasconcelos (SC Braga B), João Santos (Felgueiras), Juan Perea (Académica), Tiago Rosário (Atlético), Pedro Ribeiro (Fafe), Vitinho (Alverca), Yerfin Lobo (1.º Dezembro), Pedro Rosas (Felgueiras) e Tiago Ferreira (Sporting B).