“É um objetivo que é difícil, mas não retira a ambição de querer chegar lá. Existe o fosso entre as equipas de menos nomeada e as denominadas grandes em Portugal, e compete-nos a nós encurtar esse fosso, com a ambição que temos, os reforços que chegam, o trabalho que realizámos e vamos tentando aproximar. Há equipas a trabalhar muito bem em Portugal e podem fazê-lo no futuro. Ainda não somos favoritos para chegar a uma fase de grupos, mas se o pudermos fazer… vamos lutar por isso. Primeiro é passar esta eliminatória com o Brann, que é importantíssima. Preparámos este jogo e temos a ambição legitima de querer continuar em prova, porque temos valia para isso. Respeitando o adversário, que tem mais-valias, mas fizemos um bom trabalho de casa, recrutámos bem, tentámos trazer jogadores que acrescentem qualidade”, explicou Daniel Ramos.
A partida da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Conferência chega numa altura em que o mercado de transferência está aberto e o plantel ainda não está completamente definido. Algo que Daniel Ramos não quer usar como desculpas.
“Temos que reagir às adversidades. Saídas e entrada é um processo natural no início da época no futebol português. Temos de treinar os jogadores que cá estão. Foi o que fizemos, orientámos para os que cá estão e demonstrámos isso no jogo da Taça da Liga. Apesar das perdas fomos competentes. E é isso que eu peço à equipa que se foque no que trabalhamos e treinámos para fazer no próximo jogo”, atirou.
“Estamos prontos”
Ao lado de Daniel Ramos, na sala de conferências de imprensa, estava David Simão, um dos capitães do Arouca. O experiente médio reconheceu a importância de disputar a Liga Conferência.
“Sentimos que vamos representar Arouca, uma vila inteira, mas também Portugal. Só aqui acresce alguma doe de responsabilidade. Mas para a equipa é mais um jogo bom de jogar, numa competição boa e estamos cientes do que representa, mas focados como tivemos com o Rio Ave. Preparámos o jogo da mesma fora, conhecer o adversário e definir a estratégia e estamos prontos”, atirou, recusando falar num favoritismo absoluto: “Acho que partimos divididos. Vai depender muito do que a gente faça. Serão maiores as possibilidades consoante o que fizemos dentro do campo. Compete-nos a nós que esse favoritismo passe para o nosso lado perante o que vamos mostrar em campo e não no papel, na parte mais teórica. Inicialmente estamos em pé de igualdade, mas vamos fazer de tudo para que a eliminatória cai para o nosso lado”.
Questioando sobre as saídas importantes do plantel, David Simão desvalorizou.
“Eram jogadores importantes, por isso é que geraram cobiça e saíra. Ficamos felizes por eles, mas quem entrou aportou qualidade e tem sido o trajeto deste clube, vendedor como outros tantos, com um feito um esforço enorme para colmatar as saídas. Acredito que vai ser um Arouca diferente, porque é um treinador diferente e novos jogadores, mas será igualmente um Arouca forte, competente e a jogar bem”, asseverou.
Por último, uma resposta aos críticos das exibições portuguesas na Europa, nomeadamente das equipas fora dos quatro primeiros classificados.
“Se fosse por aí, a ver o que as pessoas opinião, o Arouca tinha descido. Não é isso que nos move. Temos de fazer o máximo, representar da melhor forma o Arouca e o futebol português, ajudando a mudar algumas mentalidades”, concluiu.