Na segunda partida oficial da temporada, Daniel Ramos voltou a dar primazia aos homens da casa. Jason Remeseiro e Cristo González foram os únicos reforços a pontuar no onze titular, que teve apenas uma mudança em relação ao triunfo diante do Rio Ave na Taça da Liga: Opoku rendeu Rafael Fernandes num centro da defesa órfão do agora ex-capitão João Basso.

Em castelhano nos entendemos
No sopé da Serra da Freita, lar do lobo ibérico, o Arouca mostrou que afinal de Espanha podem vir bons ventos e bons casamentos. Com Rafa Mújica a forma dupla com Cristo González na frente de ataque e Jason Remeseiro a desequilibrar no lado direito, este trio espanhol provocou muias dificuldades aos noruegueses.
Os dois avançados testaram a atenção de Dyngeland que mostrou bons reflexos. Sylla, numa chegada atrasada à área disparou por cima. Os sinais de um Arouca que parecia sufocar o vencedor da Taça da Noruega, cujos rostos vermelhos não escondiam o incómodo com o muito sol e calor que se fazem sentir em Portugal.
Reveja aqui as principais incidências da partida
Foi preciso esperar até aos 23 minutos para o primeiro motivo de festa portuguesa. E, como não podia deixar de ser, foi um golo construído em espanhol. Uma bela saída para o ataque, quase a um toque, com Cristo González a isolar Mújica que passou pelo guarda-redes e colocou no fundo das redes.
O avançado esteve perto de bisar em duas ocasiões até ao intervalo, mas Dyngeland foi um muro intransponível, com boas defesas. Do lado norueguês, Finne assustou de livre, mas Arruabarrena teve uma primeira tarde descansada.
Faltou frescura
Os lobos de Arouca pareciam ter a presa para desferir o golpe final, mas no segundo tempo perderam fulgor físico e a caçada deixou de ter o ímpeto inicial. Com 18 jornadas disputadas no campeonato doméstico, o Brann foi acreditando, aproveitando-se também de alguma desconcentração que ia surgindo nas hostes arouquenses.
Valeu Arruabarrena. Um dos melhores guarda-redes da época passada foi negando o golo aos nórdicos com defesas seguras e permitiu à equipa conservar uma vantagem que duplicou aos 74 minutos. Desta feita foram os papéis a inverterem-se: Cristo González (que aos 57 minutos falhou de forma clamorosa) converteu uma bela jogada coletiva já dentro da área.
Parecia ser o golpe final, mas o Brann deu um último suspiro e conseguiu escapulir-se das mandíbulas arouquenses. Saído do banco, Warming (80 minutos) aproveitou uma saída rápida para o contra-ataque e reduziu.
O Arouca segue em vantagem para a Noruega, mas visita Bergen com pouca margem para controlar o resultado. Tudo para decidir na próxima quinta-feira, na segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Conferência.
