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O Betis recebe o Vitória SC no Benito Villamarín depois de ter vencido (2-1) o Real Madrid para a LaLiga, pelo que já não restam grandes dúvidas quanto ao talento ao dispôr da equipa espanhola. Neste artigo, destacamos cinco nomes aos quais a equipa de Luís Freire deve ter particular atenção.
Isco (32 anos)
É o nome incontornável do Betis atual, até porque a boa forma do conjunto verdiblanco está claramente ligado ao regresso do internacional espanhol após uma longa paragem por lesão.

Depois de revitalizar a carreira no início da etapa na equipa bética, regressando a uma cidade onde até não tinha sido feliz, Isco viu-se obrigado a parar por uma lesão que inicialmente não se esperava tão grave e havia um receio natural de não voltar ao nível que já tinha apresentado no Benito Villamarín, mas o talento de Isco continua a ser superior a qualquer problema.
O médio ofensivo de 32 anos conduz o jogo ofensivo da equipa de Pellegrini, nem que tenha de recuar no terreno para dar fluidez de jogo ao conjunto de Sevilha. Criativo e intratável com bola, é o principal destaque ofensivo da equipa espanhola. Numa altura em que já se volta a falar do regresso à La Roja, um possível descanso depois de uma noite de classe frente à sua antiga equipa, o Real Madrid, seria bem-vinda para Luís Freire e companhia.

Antony (25 anos)
De flop a ídolo. No futebol, as coisas mudam rapidamente e a carreira de Antony é um exemplo claro disso. Aposta caríssima do Manchester United, nunca conseguiu render em Old Trafford e foi emprestado por Ruben Amorim ao Betis em janeiro.
O impacto do esquerdino no Benito Villamarín foi imediato e o camisola 7 não tardou a fazer o que ainda não tinha conseguido fazer esta temporada, apontar um golo - já leva três e ainda somou duas assistências desde que chegou a Espanha.

La Cabra, como é carinhosamente mencionado nas redes sociais do Betis, recebeu o carinho que lhe faltou em Inglaterra e a felicidade do internacional brasileiro é visível dentro de campo. Apesar das já habituais jogadas inconsequentes, é um perigo a partida da direita, onde invariavelmente procura os remates em arco ao segundo poste, e uma fonte de energia positiva para o conjunto espanhol.
Johnny Cardoso (23 anos)
Contratar Johnny Cardoso por apenas seis milhões de euros pode ter sido uma das melhores decisões financeiras do Betis nos últimos anos.
O médio norte-americano fez toda a carreira no Internacional, do Brasil, até que saiu para o Betis a meio da época passada. Deu sinais positivos nos primeiros meses, mas é esta época que está a afirmar-se em definitivo como um dos melhores médios da LaLiga.

Bem mais do que médio forte na recuperação, Johnny é um jogador moderno, capaz de fazer várias coisas em campo e de as fazer bem. Não é por acaso que o Tottenham já reservou um direito de opção por este jogador de 23 anos que acabou de marcar ao Real Madrid.
18 vezes internacional pelos EUA, tem tudo para ser uma das grandes figuras do soccer já no Mundial-2026.
Jesús Rodríguez (19 anos)
O novo Joaquín. Nem mais, nem menos. O rótulo é pesadíssimo, mas Jesús Rodríguez já começa a mostrar que tem mentalidade e capacidade para lidar com a herança pesada deixada pelo eterno extremo do Betis.
Com apenas 19 anos, Jesús é um extremo intenso e pressionante, que não deixa descansar os laterais, e muito capaz no drible, dando preferência ao lado esquerdo do terreno para criar as suas jogadas, especialmente desde que Antony chegou ao Benito Villamarín.

Natural de Sevilha e produto da formação do Bétis, é seguido com especial atenção pelos adeptos pelas tais comparações com Joaquín Sánchez, mas também por muito mérito próprio. Internacional jovem pelas seleções espanholas, Jesús é um jogador de futuro que já começa a dar frutos no presente e que promete dificultar a tarefa ao lateral direito do Vitória SC.
Diego Llorente (31 anos)
O setor recuado do Betis não é tão forte como as opções ofensivas ao dispôr de Pellegrini, mas começa a ganhar solidez, especialmente depois do regresso de Bartra após lesão.
No entanto, o elemento mais consistente esta temporada até tem sido Diego Llorente. O defesa formado no Real Madrid atravessa uma das melhores fases da carreira e espreita um regresso à seleção.

Muito fiável no jogo aéreo defensivo, é também um jogador com forte capacidade de antecipação - não é rápido, mas tem boa leitura das jogadas.
