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Neste mundo globalizado, tal como alguns espanhóis de nascimento escolhem outro país para representar devido às suas raízes familiares, como Brahim ou Achraf Hakimi em Marrocos, também há aqueles que, apesar de terem nascido no estrangeiro, decidem que a La Roja é a sua seleção. São os casos de Laporte e Le Normand, por exemplo.
O último caso é o de outro defesa-central, Dean Huijsen. Nasceu em Amesterdão, mas quando tinha cinco anos os pais mudaram-se para Marbella. Aí cresceu como um jovem esguio e com muito jeito para a bola, que se formou no Málaga até ser comprado por um gigante como a Juventus.
Partiu para Itália com apenas 16 anos e, um ano depois, já se tinha estreado num jogo oficial com os Bianconeri. Meses depois, foi emprestado à Roma. Depois de muito boas prestações, e dada a necessidade da Vecchia Signora de fazer dinheiro, Huijsen foi transferido no verão passado para o Bournemouth por pouco mais de 15 milhões de euros. Sob a tutela de Iraola, o espanhol explodiu esta época como um defesa-central fiável, com muito bom controlo de bola e até capaz de marcar golos graças aos seus 197 centímetros de altura.
Tanto assim é que foi associado a um possível regresso a Espanha para se juntar ao Real Madrid.
Uma mudança de seleção
Entretanto, depois de ter jogado pelos Países Baixos até ao escalão de sub-18, decidiu representar o país onde cresceu. Obteve a nacionalidade em fevereiro de 2024 e, semanas depois, já jogava pela seleção sub-21. E foi aí que voltou a ser chamado, até que a lesão de Iñigo Martínez lhe abriu as portas da equipa principal. Curiosamente, a sua estreia será contra os Países Baixos, no play-off para um lugar na Final Four da Liga das Nações.