Recorde as incidências da partida

O desafio era exigente, mas à altura da mentalidade e qualidade apresentadas pelas comandadas de Francisco Neto nos últimos tempos. A Espanha chegava com o rótulo de campeã do mundo e seria preciso sofrer muito sem bola para conseguir fazer frente à seleção do país vizinho.
Contrariando o favoritismo das adversárias, Portugal entrou com personalidade no jogo e conseguiu rematar duas vezes à baliza de Cata Coll nos dois primeiros minutos da partida, por intermédio de Diana Silva e Andreia Norton. Um sinal de ousadia que fez com que a Espanha organizasse as suas tropas e começasse a assumir mais o jogo, puxando para si aquela estatística que tanto gosta e lhe é característica: posse de bola.

A visão de Aitana, a ousadia de Pina
Aos 25 minutos, um erro no alívio por parte de Portugal acabou por resultar no golo da Espanha. A bola caiu nos pés de Aitana Bonmatí, que cruzou na perfeição para a finalização de Patri Guijarro, sua companheira de equipa no Barcelona. Contudo, em desvantagem, a equipa das quinas não se deixou abalar e respondeu de forma fantástica.
Na sequência de uma triangulação envolvente, que contou com a participação de Ana Capeta e Diana Silva, a bola chegou até Catarina Amado, que, em corrida, desmarcou-se e contornou a guarda-redes Cata Coll antes de atirar para uma baliza deserta. Tudo isto ocorreu apenas dois minutos depois do golo sofrido.
Após o empate, Portugal teve momentos em que controlou muito bem a posse de Espanha, não dando muito espaço para as espanholas entrarem em zonde perigo, mas uma bola parada acabou por fazer abalar a estrutura portuguesa.
Laia Aleixandri voltou a colocar as visitantes na frente do marcador, aos 40 minutos, dando o melhor seguimento a um passe de Clàudia Pina, e a própria Pina acabou por dilatar o resultado, aos 43', na sequência de um contra-ataque letal.
Penálti (ainda) deu esperança
O intervalo surgiu num bom momento para a equipa de Francisco Neto, interrompendo o forte crescimento da Espanha e permitindo ajustar algumas questões. E assim foi.
Portugal regressou com uma entrada forte no segundo tempo e, aos 55 minutos, conquistou uma grande penalidade, depois de Jana Fernandez travar Joana Marchão dentro da área espanhola. Encarregue da marcação, a especialista em castigos máximos, Carole Costa, não desperdiçou e reduziu a diferença, reacendendo a chama da esperança.

Com o 2-3 no marcador, o jogo tornou-se muito mais equilibrado e tático, o que reduziu drasticamente as oportunidades de golo. Portugal não desistiu de buscar o terceiro tento que lhe daria o empate, mas, para além de não conseguir, acabou por sofrer o quarto.
Depois de uma tentativa de remate defendida novamente por Inês Pereira, Esther González aproveitou a recarga e ampliou a vantagem da Espanha. Um quarto golo demasiado penalizador para aquilo que Portugal mostrou em campo.
Melhor em campo Flashscore: Clàudia Pina (Barcelona)