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Numa noite histórica, tudo correu bem para as Bleues em Le Mans. Foi um triunfo tranquilo para a equipa de Laurent Bonadei, que venceu dois jogos consecutivos pela primeira vez desde maio de 2024. Os 8.559 espectadores presentes puderam ainda celebrar a histórica 199.ª internacionalização de Eugénie Le Sommer.
Para a ocasião, a equipa francesa contou com a sua habitual dupla suplente, Maëlle Lakrar e Wendie Renard, que ainda não tinha recuperado totalmente para o jogo contra a Noruega. A capitã teve de adaptar-se a uma nova parceira no flanco direito, Thiniba Samoura, que substituiu Elisa De Almeida. No ataque, Marie-Antoinette Katoto, já recuperada de lesão, regressou ao centro do ataque, acompanhada pelas suas ex-colegas do Paris Saint-Germain, Sandy Baltimore e Kadidiatou Diani.
As Bleues não tardaram a impor o seu domínio, com Sakina Karchaoui a recuperar uma bola solta no meio-campo e a rematar, embora o seu disparo tenha sido bloqueado (2'). Após várias fases de posse de bola total para a França, a defesa sofreu o primeiro susto quando Sveindis Jonsdottir recebeu um passe em profundidade, ultrapassou Maëlle Lakrar e serviu Karolina Vilhjalmsdottir na marca de penálti. A jogadora do Bayer Leverkusen rematou de fora da área, mas Sandie Toletti conseguiu bloquear (11').
Sandy Baltimore, muito ativa pela esquerda, tentou a sorte com remates de longa distância, mas sem sucesso (15' e 22'). No entanto, a insistência francesa acabou por ser recompensada. Grace Geyoro, em progressão à entrada da área, tentou um remate em arco que foi desviado pela defesa islandesa. A bola sobrou para Diani, que dominou com o pé esquerdo e, de pé direito, disparou um remate cruzado que bateu no interior do poste antes de entrar (23').

A França manteve o ritmo e, poucos minutos depois, ampliou a vantagem com a sua avançada de referência, Marie-Antoinette Katoto. A número 12 recebeu um passe de Sakina Karchaoui e rematou à entrada da área. O disparo saiu forte e colocado, sem hipótese para Cecilia Runarsdottir (28').
A alegria durou pouco, pois Vilhjalmsdottir reduziu a desvantagem com um livre direto desviado inadvertidamente por Selma Bacha para a própria baliza (36'). Apesar do golo contra a corrente do jogo, as francesas não se deixaram abalar. Pouco antes do intervalo, Diani aproveitou um erro de Gudny Arnadottir e disparou um potente remate cruzado que acertou em cheio no ângulo superior direito da baliza islandesa (44'). Logo a seguir, Sakina Karchaoui tentou a sua sorte com um remate em arco da entrada da área, passando muito perto do ângulo superior esquerdo (45'+1).
Após o intervalo, a França reduziu o ritmo e recuou ligeiramente, permitindo mais posse de bola à Islândia, que, no entanto, não soube aproveitar. O flanco esquerdo francês, com Bacha e Baltimore, manteve-se ativo, mas os cruzamentos da jogadora do Chelsea não encontraram destinatário. Dez minutos depois, Geyoro animou o estádio com um remate do centro da área, mas Runarsdottir respondeu com uma boa defesa (57'). Três minutos depois, voltou a tentar e acertou na trave. Katoto, atenta ao ressalto, tentou o remate cruzado, mas a bola saiu ligeiramente ao lado do poste oposto (60').
Enquanto Katoto e Diani procuravam combinar entre si, Sandy Baltimore avançou pelo meio-campo adversário e, da entrada da área, disparou um remate poderoso que acertou na trave antes de entrar, fazendo o 3-1 (65'). No entanto, como já é habitual, a Islândia voltou a estragar a festa francesa pouco depois. Num canto bem cobrado, mas mal defendido por Pauline Peyraud-Magnin, Ingibjorg Sigurdardottir aproveitou a falha para reduzir a desvantagem (68').
O resto do jogo ficou para a história, com Eugénie Le Sommer a entrar aos 78 minutos, pouco depois de um remate demasiado forte de Sakina Karchaoui, para celebrar a sua 199.ª internacionalização pela seleção francesa. A sua presença fez o Stade Marie-Marvingt explodir em aplausos e entusiasmo, especialmente quando pegava na bola. No entanto, o conto de fadas não se concretizou. A história perfeita teria sido pedir demasiado.