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Na primeira mão, as campeãs do mundo, pouco reconhecíveis, saíram ilesas ao conseguirem na sexta-feira um empate sem golos em Kaiserslautern frente à Alemanha.
As jogadoras de Sonia Bermúdez passaram por dificuldades em campo e evitaram a derrota graças à exibição da guarda-redes Cata Coll.
Espanha vê a defesa do título da Liga das Nações complicar-se sem Bonmatí, que se lesionou no domingo durante um treino e deverá ficar afastada dos relvados durante vários meses.
"O grupo está bem, mas baixas como a da Aitana desestabilizam porque ninguém gosta de ver uma colega mal, lesionada", explicou esta segunda-feira a capitã Irene Paredes em conferência de imprensa.
A jogadora do Barcelona considerou "sensível" a ausência da tricampeã da Bola de Ouro, já que a titularidade era indiscutível, mas garantiu que a equipa "vai seguir em frente": "Temos mais jogadoras e todas estão preparadas para contribuir".
No mesmo sentido se pronunciou a selecionadora, que revelou o estado de espírito do grupo. "É uma ausência muito importante. A Irene (Paredes) já explicou, ontem sentiu-se um pouco o desânimo porque quando uma colega se lesiona é sempre duro", afirmou.
Várias opções para o meio-campo
Sem Bonmatí, abrem-se várias possibilidades para o centro do terreno. Uma delas passa por Vicky López, que poderá ocupar o seu lugar, tal como aconteceu no último Europeu, em que a Espanha perdeu a final nos penáltis frente à Inglaterra, quando Aitana falhou os primeiros jogos devido a uma meningite.
Outra hipótese é recuar Mariona Caldentey, permitindo assim que Athenea del Castillo atue na ala. Também Jenni Hermoso poderá ser opção para essa posição, já que tem experiência nesse papel.
"Qualquer uma das 24 está mais do que pronta. O bom desta equipa é que há jogadoras extremamente versáteis, que interpretam bem o jogo em diferentes posições, por isso podemos escolher várias soluções", destacou Bermúdez.
"A equipa está mais do que preparada. Mentalmente somos muito fortes, ficou provado na Alemanha no final. É preciso pensar no que aí vem, não há tempo (...). Estamos a ultimar os detalhes do que vamos fazer, ainda há tempo para definir o onze, estamos a decidir", acrescentou a selecionadora, que pode conquistar o seu primeiro título no comando da seleção espanhola.
Recorde de assistência
La Roja terá a vantagem de jogar em casa, num encontro em que se espera um recorde de assistência no estádio do Atlético de Madrid, com capacidade para 70.000 pessoas. Cerca de 50.000 bilhetes já foram vendidos.
"O estádio vai estar praticamente cheio, por isso quero agradecer a todos os que vão marcar presença amanhã (terça-feira). O vosso apoio é fundamental, amanhã têm de puxar por nós", disse Paredes.
Para defender o troféu da Liga das Nações conquistado no ano passado na primeira edição da prova, a Espanha terá de dar mais um passo.
A vitória agregada por 5-0 sobre a Suécia nas meias-finais da competição fazia prever um percurso promissor, mas a deslocação à Alemanha serviu de aviso de que há muitas seleções a aproximar-se.
Foi algo que o Barcelona também sentiu na época passada, quando o Arsenal surpreendeu ao vencer na final da Liga dos Campeões, após vários anos de domínio catalão.
O selecionador da Alemanha, Christian Wück, afirmou que o jogo da primeira mão demonstrou que "não só conseguimos competir, como até conseguimos impor o nosso jogo frente a uma equipa como a Espanha", embora tenha admitido a sua frustração por não ter conseguido vencer.
