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Há alguns anos, o respeito era muito maior do que qualquer tipo de ambição. Portugal olhava para adversários como Espanha ou Inglaterra — dois dos rivais nesta edição da Liga das Nações — como montanhas difíceis de ultrapassar, algo que o tempo ajudou a esbater.
Hoje, a seleção portuguesa ainda parte atrás dessas seleções, mas o cenário é muito diferente. É olhos nos olhos. Portugal mostrou, nestas três primeiras jornadas, que tem capacidade para ombrear com as melhores seleções da Europa (e do Mundo) — e isso é o maior sinal de crescimento que podia deixar. Portugal regressou à elite e tem mostrado, com mérito, que pertence a este patamar.
O próximo duelo é, novamente, contra a campeã mundial: a Espanha. Na primeira batalha, em Paços de Ferreira, as espanholas venceram por 2-4 — embora o resultado final não diga tudo sobre o que se passou dentro das quatro linhas. Portugal teve momentos em que conseguiu encarar o adversário olhos nos olhos, e só pecou nos… detalhes.
"Temos de conseguir, mais vezes, incomodar a Espanha nas ações importantes e não permitir que tenham tanto protagonismo. Sabemos onde queremos estar, onde estamos e qual é o nosso potencial", assumiu o selecionador luso, Francisco Neto, na antevisão ao encontro.

Mudança na defesa e baixa no ataque
Telma Encarnação é baixa da equipa das quinas para o segundo confronto frente à seleção espanhola. A avançada do Sporting marcou presença no relvado durante o treino de adaptação ao Estádio de Balaídos, mas manteve-se à parte das restantes companheiras.
Ou seja, o que era muito pouco provável tornou-se confirmação esta manhã: a jovem madeirense não é opção para o selecionador português. Já a ausência de Diana Gomes é outra certeza: a central portuguesa viu o cartão amarelo em Paços de Ferreira e vai falhar o jogo em Vigo por castigo.
Portanto, Francisco Neto está obrigado a mexer no eixo defensivo, com Ana Seiça a perfilar-se como a opção mais natural para ocupar a vaga deixada em aberto pela defesa do Sevilha.
De resto, não são esperadas alterações muito significativas, exceto a tradicional na baliza — Patrícia Morais deverá assumir o lugar de Inês Pereira — e, possivelmente, uma mudança circunstancial no meio-campo. Uma dúvida que será desfeita mais perto da hora do jogo.