Em Gotemburgo, as jogadoras de ambas as selecções juntaram-se para reafirmar que "acabou", um slogan que tem acompanhado as seleções durante o último mês. Muitas das convocadas rejeitaram a chamada de Montse Tomé e têm carregado uma mochila pesada nos dias que antecedem o jogo. No entanto, nenhuma destas circunstâncias conseguiu travar as campeãs do mundo.
"É uma vitória muito positiva que levanta o ânimo dos dias que temos vivido. Diz que temos jogadoras incrivelmente talentosos que amam o que fazem. Temos de as fazer sentir que pensam nisto. É muito importante. Estou muito feliz por elas. Há muito tempo que não via as jogadores divertirem-se tanto e nós divertimo-las", disse a líder da equipa técnica aos meios de comunicação social.
Alguns nomes próprios
"Hoje vi uma Alexia (Putellas) diferente. Estou muito feliz por ela, porque é uma das jogadoras que mais tem estado ativa durante estas semanas. Sinto que é uma profissional de topo e que, uma vez mudada a concentração, conseguiu divertir-se e fazer com que nós nos divertíssemos. Tanto ela como o resto do meio-campo tiveram muita mobilidade, assim como Mariona (Caldentey), que gerou superioridade para nós. É algo que é muito útil no nosso sistema", analisou Tomé.
"Disse na minha apresentação que estava a começar uma nova fase, que sou uma pessoa totalmente diferente do Jorge Vilda. A própria convocatória é a prova disso. A Laia Alexandri é uma jogadora com quem podemos contar. Connosco já jogou como central e como médio, embora também tenha jogado como lateral na sua equipa. Tem muitos recursos e muita capacidade. Estou contente por ela ter podido jogar 90 minutos a este nível".
"Treinar e pensar no futebol"
"A única coisa que eu precisava era que nos deixassem trabalhar e não temos podido fazê-lo nestes dias. Não senti pressão, só queria fazer tudo o que tínhamos trabalhado com a equipa técnica. O que eu queria era treinar e pensar no futebol (...) Vivi tudo com muita calma e tentei desfrutar de cada momento. Na conversa, na chegada ao relvado, no aquecimento.... Elas entraram bem no jogo, embora nós tenhamos passado de menos para mais. Fiquei contente. Foi uma grande segunda parte", acrescentou.
Por outro lado, referiu-se ao facto de ter feito apenas duas alterações: "O jogo leva-nos a pensar em situações diferentes. Falei com as jogadoras para que me dissessem qual era a sua disponibilidade e elas deram-me total confiança. Ao intervalo, disseram-me o mesmo. Isso faz parte da visão do treinador, ver como estão as jogadoras e como se sentem. Tudo o que me disseram foi positivo. As alterações que foram feitas foram baseadas nas necessidades da equipa. Elas estavam bem. Se alguma delas me tivesse dito o contrário, tê-la-íamos substituído".