Recorde as incidências da partida

Depois do pesadelo em Wembley, onde Portugal somou a terceira derrota consecutiva na Liga das Nações — a segunda por números muito negativos —, o selecionador Francisco Neto promoveu três alterações no onze inicial (incluindo a habitual dança na baliza) para aquele que seria o jogo decisivo para definir se a equipa das quinas poderia, ou não, continuar a sonhar com a manutenção na Liga A.
Quem não marca... sofre!
Com a vitória e o empate a serem resultados suficientes para garantir um lugar no play-off, a seleção portuguesa entrou de forma muito positiva em campo. Assumiu a responsabilidade do jogo, perante a forte presença de adeptos portugueses no Estádio do Marítimo, e criou as primeiras oportunidades de golo.

O domínio territorial traduziu-se na primeira grande ocasião aos 24 minutos, quando Andreia Jacinto rompeu pela direita e cruzou rasteiro para o remate em arco de Andreia Norton, que foi embater no poste da baliza defendida por Lichtfus.
Portugal dava sinais de confiança e, pouco depois, aos 32 minutos, voltou a ameaçar o 1-0: Andreia Jacinto apareceu solta de marcação, e a média da Real Sociedad rematou para a parte exterior das malhas da baliza belga.
Sem conseguir abrir o marcador e confirmar a sua superioridade, Portugal deu margem às adversárias e, numa das poucas incursões no primeiro tempo, acabaria mesmo por sofrer o golo. Um grande passe da capitã Tessa Wullaert encontrou Jill Janssens, que surgiu sozinha na ala, cruzou, e Ana Borges cortou para uma zona proibida, onde Vanhaevermaet apareceu para finalizar.

Descida ao inferno
O primeiro tempo não terminou da melhor forma para as comandadas por Francisco Neto, mas deixou a convicção de que Portugal tinha capacidade para voltar à discussão do resultado e do objetivo. Mas…
A verdade é que a seleção portuguesa eclipsou-se por completo e sofreu um rude golpe aos 65 minutos, poucos segundos depois de o selecionador lançar Telma Encarnação e Ana Capeta para tentar mudar a história do jogo. Carolina Correia cometeu grande penalidade sobre Teulings, que foi convertida pela capitã belga, Tessa Wullaert.

A mesma Wullaert viria a dar a machadada final nas aspirações lusas, aos 72 minutos, com um remate sensacional, após um passe arriscado de Andreia Norton ainda na fase inicial de construção.
Com este desaire — o terceiro consecutivo (com apenas 1 golo marcado e 16 sofridos) —, Portugal vê confirmada a descida à Liga B, entregando à Bélgica a possibilidade de se manter na elite da Liga das Nações.
Melhor em campo Flashscore: Tessa Wullaert (Bélgica)
