Recorde as incidências do encontro
Wembley é um dos palcos mais emblemáticos do futebol europeu e a oportunidade de jogar nesse estádio pode ser vista como um sonho. Mas, para as jogadoras portuguesas, a noite foi um autêntico pesadelo do início ao fim.

Cinco minutos para espelhar diferenças
Dos primeiros 45 minutos, o único ponto positivo para Portugal foi um cabeceamento de Andreia Norton ao poste da baliza de Hannah Hampton - lance que surgiu já com 2-0 no marcador.
Tal como frente à Espanha, a equipa de Francisco Neto entrou mal em campo e praticamente perdeu o jogo nos primeiros cinco minutos. Depois de vencer em solo português, o selecionador nacional voltou a apostar numa defesa com três centrais, apesar dos bons sinais com o 4-4-2 na segunda parte da partida em Portimão, mas a equipa apresentou-se sempre desencontrada. Beever-Jones (3') inaugurou o marcador, castigando uma perda de bola de Andreia Norton, e deu início a uma noite que, essa sim, foi de sonho para a avançada inglesa.

Portugal ainda tentava recompor-se quando Lucy Bronze (5') apareceu no sítio certo para fazer o 2-0, aproveitando um ressalto após boa defesa de Inês Pereira. A jogadora, que tem raízes portuguesas, não hesitou em celebrar a vitória antecipada da sua seleção.
A seleção portuguesa conseguiu, por momentos, desacelerar o jogo e respirar - foi nesse período que Norton atirou ao ferro -, mas assim que a Inglaterra voltou a acelerar, Portugal não teve resposta. Beever-Jones (26') fez o 3-0 de cabeça, completamente sozinha na pequena área; Beth Mead (29') ampliou para 4-0 e, pouco depois, Beever-Jones (33') completou o hat-trick com um remate ao primeiro poste. Tudo demasiado fácil.

Boas notícias vieram de fora
Na segunda parte, Francisco Neto lançou Jéssica Silva, ausente da seleção desde o último jogo contra a Inglaterra, a 21 de fevereiro, devido a lesão. A entrada da extremo de 30 anos não teve impacto direto no jogo, mas com a Inglaterra a baixar o ritmo, Portugal conseguiu equilibrar mais as ações - ainda que sem chegar com perigo à baliza adversária.
A superioridade inglesa manteve-se e o 6-0 surgiu aos 63 minutos, num cabeceamento de Chloe Kelly, que apareceu nas costas de Catarina Amado, no limite do fora de jogo.

Até ao final, dois apontamentos positivos para Portugal: a estreia de Carolina Correia, central do Torreense, e a goleada da Espanha à Bélgica, que mantém Portugal em posição de play-off de manutenção, dependendo apenas de si para evitar a descida direta à Liga B, com o jogo diante da equipa belga, marcado para 03 de junho, no Funchal, a funcionar como uma final.
Ainda assim, Francisco Neto leva consigo uma longa lista de notas negativas - também com os olhos postos no Euro-2025.
